Médio leonino sente-se feliz em Alvalade, mas não esconde o desejo de dar um salto qualitativo na sua trajetória de futebolista. Antes de deixar os italianos do Lecce, o internacional dinamarquês teve outras propostas em cima da mesa, mas deu preferência ao Sporting pela forma como lhe foi apresentado o projeto.
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Morten Hjulmand não foi titular na partida entre a Dinamarca e a Suécia, mas foi decisivo para o triunfo da sua equipa (2-1), já que na etapa final do desafio fez um corte fantástico evitando o golo do adversário. Sobretudo por isso, mereceu uma atenção especial da imprensa dinamarquesa e em declarações reproduzidas pelo Tipsbladet não escondeu a vontade de dar mais um salto qualitativo na carreira. E isso significa jogar na Premier League. “Diria que é um destino onde me consigo ver no futuro. Se é um sonho... não sei. Mas é uma meta e tenho o objetivo de jogar um dia na Premier League”, comentou o sportinguista.
O médio recuou no tempo para fazer uma análise à sua carreira. “Em Itália, havia uma exigência técnica maior, mas sinto que tive de me esforçar ainda mais quando cheguei ao Sporting, pelo estilo de jogo que temos. Por isso, consegui construir essas qualidades através das minhas escolhas na carreira”, sublinhou, falando dos diferentes níveis de exigência, concretamente na comparação entre o Lecce e o Sporting. “Obviamente, há uma cobrança maior e uma pressão maior quando jogas num clube de topo, porque tens de conquistar três pontos em todos os jogos. Não era algo a que eu estivesse tão habituado, antes, na minha carreira profissional. Além disso, houve algumas coisas que tive que colocar no meu jogo, porque tinha de me encaixar no sistema da equipa. Tive de colocar mais a bola na equação, porque somos uma equipa [Sporting] que tem muita posse e quer dominar os jogos.”
Na entrevista destacou também a exigência e rigor do treinador do Sporting com os jogadores. “No início foi difícil porque o Rúben Amorim exigiu muito de mim, pela forma como ele me via como jogador. Ajudou-me a crescer em diversos pontos e a moldar a minha maneira de jogar, é um treinador muito forte em termos táticos”, explicou o médio.
Os elogios de Bruno Fernandes caíram bem. “É sempre incrível receber reconhecimento por parte de outras grandes personalidades. Sei que ele é um antigo jogador do Sporting e continua a ser um grande adepto do clube, por isso é muito bom saber que continua a acompanhar e a ver os jogos. Só posso ficar contente por receber elogios de um jogador como o Bruno Fernandes”, sintetizou, voltando ao momento em que teve que decidir entre continuar em Itália, onde tinha propostas, ou seguir para Alvalade. “Tive algumas semanas para pensar e analisar tudo, com as pessoas que me aconselham, sobre a hipótese de permanecer em Itália ou tentar algo noutro país. O Sporting entrou rapidamente em cena e estiveram bem ao dar-me tempo para pensar. Tive um bom pressentimento em relação ao Sporting, pela forma como me apresentaram o projeto, tanto em relação a mim como em relação a toda a equipa. Cativou-me muito”.
Elogios por evitar um golo e a personalidade
A Dinamarca venceu, na última quarta-feira, a Suécia por 2-1. O sueco Emil Holm teve nos pés a hipótese de fazer o 2-2, na compensação, mas um corte fantástico de Hjulmand evitou o golo quase certo. “Foi incrível. Pensei que tinha perdido o momento, mas depois voltou para fazer um desarme perfeito”, disse Kasper Hjulmand, selecionador dinamarquês após o jogo. Também conhecido pela forma agressiva como aborda os lances, Hjulmand, o jogador leonino, recordou um episódio mais tenso com Granit Xhaka, numa partida diante da Suíça. “Devido ao tipo de jogador que sou, há alguma polémica nos jogos... E é assim. Portanto, também haverá outras controvérsias no futuro, porque irei muito, muito longe para ganhar jogos de futebol. Faço isso diariamente no meu clube e também farei isso na seleção dinamarquesa. É aí que entro com a personalidade que tenho”, acrescentou ao Tipsbladet.