Grupo de sócios com experiência em gestão de grandes empresas elabora estudo que sustentará candidatura pós-eleições.
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Luís Filipe Vieira enfrentará concorrência na corrida à presidência agendada para outubro e vários são os candidatos que se perfilam para entrar nessa competição.
Porém, e a pensar mais à frente, está em andamento um movimento alternativo que visa preparar desde já as bases para uma futura candidatura, naquele que pode ser comparado ou entendido como um governo sombra do próximo líder dos encarnados.
Depois de várias reuniões, iniciadas em junho, e com o antigo dirigente João Braz Frade como elo de ligação, o grupo de ex-dirigentes e de sócios com experiência na gestão de grandes empresas nacionais e multinacionais, preparou um esboço daquilo que poderá sustentar uma candidatura, mas que, sobretudo, aponta caminhos que pretendem ver seguidos para o futuro.
No manifesto a que O JOGO teve acesso, é destacada a ambição de "preparar uma equipa que num futuro mais próximo ou um pouco mais distante possa vir a liderar o Benfica e colocá-lo no topo da Europa na próxima década", com o movimento a defender a transparência do seu trabalho, liberdade individual de voto dos seus integrantes no próximo ato eleitoral, diálogo e colaboração com a atual Direção, independência e respeito.
No trabalho desenvolvido pelo grupo que, numa lista de dezenas de subscritores, integra os ex-dirigentes Braz Frade, António Figueiredo, Paula Pinho, Manuel Alves, entre outros, e ainda de gestores conhecidos na praça como Gomes Mota (ex-presidente dos CTT), Stock da Cunha (administrador do Lloyds Bank e Novo Banco), António Viana-Batista (do grupo Jerónimo Martins), são apresentadas já propostas para a governação - com destaque para a limitação do endividamento, controlo dos sócios sobre o imobiliário e recurso a auditores externos e órgãos de fiscalização internos -, para as modalidades e para o futebol.
Em relação ao futebol, o documento com 12 páginas, apresenta o esqueleto do objetivo de internacionalização do Benfica, sendo salientado que serão cada vez mais decisivas as receitas angariadas dessa forma e não a nível nacional. Segurar os melhores jogadores, pelo menos, durante três anos, dar primazia aos resultados desportivos, integrar os jogadores de excelência formados no Seixal - Armando Jorge Carneiro, ex-diretor do Benfica Campus, é um dos subscritores - e investir mais no scouting a nível mundial são algumas das propostas formuladas.