Águias deram a volta ao marcador em Portimão num jogo em que superaram registo de 71,4% dos... 5-1 ao Famalicão, a abrir a Liga. Quatro golos na segunda parte em quatro remates no alvo.
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Depois da derrota na jornada anterior, com o Gil Vicente, o que permitiu à concorrência pelos lugares da frente ganhar terreno, o Benfica via-se obrigado a vencer em Portimão para não perder mais pontos, sobretudo para FC Porto e Braga.
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A entrada correu mal, face à vantagem no marcador alcançada pelo conjunto de Paulo Sérgio, mas as águias acabaram por conseguir a reviravolta. E para corrigirem a entrada em falso, algo pouco habitual este ano (ler mais em baixo), foi decisiva a certeza no remate. Isto porque os encarnados fecharam a visita ao Algarve com a segunda goleada consecutiva fora de casa num jogo em que tiveram nota alta na rentabilidade dos tiros ao alvo, pois dos seis remates na direção da baliza de Samuel... cinco deram golo.
Este aproveitamento de 83,3 por cento foi o mais alto até ao momento no campeonato, superando o anterior máximo, registado também fora de casa e na... primeira jornada, no 5-1 ao Famalicão: em sete disparos na baliza dos minhotos, cinco deram golo (71,4 por cento de rendimento). A fechar o pódio das melhores relações remates à baliza/golos surge o embate na Madeira com o Marítimo, curiosamente jogo em que as águias também deram a volta ao marcador. Nessa partida, dos três remates ao alvo, dois deram golos: rendimento de 66,7 por cento.
O embate em Portimão significou a sétima vez no campeonato que as águias viram o adversário marcar primeiro: deram a volta em três ocasiões
Em Portimão, o primeiro remate bem direcionado, de Pizzi, não surtiu o efeito desejado, mas a partir daí... todos deram golo. O camisola 21 fez o 1-1 já nos descontos da etapa inicial apenas no segundo disparo, dos oito feitos nesse período, na direção da baliza, enquanto na segunda parte os quatro que acertaram no retângulo defendido por Samuel acabaram por aninhar-se nas redes algarvias, dando golo.
Com os 5-1 em Portimão, o Benfica consolidou o bom momento fora de portas e somou a quarta vitória consecutiva longe da Luz, corrigindo o anterior mau desempenho nas saídas, pois as águias estiveram cinco jogos seguidos sem somar os três pontos como visitantes. Ainda com pior performance fora, pois tem menos quatro pontos do que em casa, o Benfica mostra-se mais goleador, pois tem, nos mesmos 14 jogos, mais seis golos (30 para 24).
Dar a volta aquém de 2019/20
Pelo segundo jogo consecutivo, o Benfica viu o adversário marcar primeiro. E se diante do Gil Vicente não foi capaz de evitar o desaire, fê-lo desta feita em Portimão, alcançando a quarta reviravolta esta temporada em 15 partidas nesta situação - três em sete no campeonato.
Reviravoltas em 26,7 por cento dos 15 jogos em que entrou a perder. Lage fê-lo em 35% das vezes
Ainda que permita até menos veleidades neste aspeto aos adversários do que a versão Benfica 2019/20 - em 53 partidas, os encarnados começaram em desvantagem em 20 ocasiões, o equivalente a 37,7 por cento -, o atual plantel das águias, comandado por Jorge Jesus, deu a volta apenas a 26,7 por cento desses encontros, contra a capacidade de resposta demonstrada em 35 por cento dessas ocasiões na época transata, fruto de sete vitórias após cambalhotas no marcador, todas ainda sob orientação de Bruno Lage.
Olhando aos adversários diretos na luta pela Champions esta época, o Benfica só é batido de forma negativa pelo Braga. Os arsenalistas viram o opositor abrir o marcador por 14 vezes e só por duas chegaram ao triunfo (14,3%). O Sporting venceu quatro dos sete jogos (57,1%) em que começou a perder e o FC Porto três em dez (30%).