O ala-direito dos leões exaltou o impacto do nórdico na equipa, dentro e fora do campo, e deixou “provocações” a Eduardo Quaresma e Pedro Gonçalves
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A possível saída do avançado sueco no verão é um tema incontornável. Geny Catamo garantiu que a equipa lutará pelo tricampeonato mesmo que o camisola 9 saia, mas não deixou de tecer grandes elogios ao contributo do melhor marcador da liga.
Geny Catamo traçou, em entrevista a O JOGO, objetivos individuais para a próxima temporada, na sequência de uma das melhores campanhas que realizou desde que chegou ao futebol sénior
Já começaram a pensar na vossa equipa sem o Gyokeres?
— O Viktor [Gyokeres] é um ‘monstro’, além de ser muito boa pessoa. Gostamos todos dele, não só com jogador, e por aquilo que ele faz e pelo que nos ajuda em campo, mas também por aquilo que ele é fora do campo. O futebol é isto, faz parte da nossa profissão, temos de adaptar-nos ao que vem, vamos estar prontos para disputar o terceiro título nacional.
No balneário, quem é o jogador mais chato?
—O [Eduardo] Quaresma é o mais chato.
Quem é o jogador mais irritante a pedir a bola?
— É o Pote. Se tu não lhe passas a bola, ele passa logo o laço e começa a dizer ‘oh, passa a bola!’, mas ele diz isso na brincadeira.
Qual é o jogador que vê como um modelo para si, nesta fase da sua carreira?
—Neste momento, tenho-me a mim como modelo. Depois de um jogo, tento analisar os meus detalhes, e tento ver os pontos positivos e negativos das minhas exibições, para poder melhorar a cada jogo, e a cada treino, é algo que tento fazer.
Tem a ambição de jogar noutra liga?
— Não, neste momento, o foco é o Sporting, quero conquistar o máximo possível de títulos, e deixar um legado no Sporting.
Em fevereiro, ficou lesionado durante cerca de duas semanas. Na altura, temeu que a lesão pudesse ser mais grave?
— Sim, nesse momento temi. Na altura, até pensei que a lesão fosse no joelho, pela dor que eu estava a sentir. No balneário, disseram-me que a lesão era no tornozelo, o que me deixou mais tranquilo, mas continuava com um pouco de medo, porque estava com muitas dores, até cheguei a pensar que poderia ser operado. No entanto, depois de me dizerem isso, fiquei tranquilo e continuei a minha recuperação. Meti na cabeça que que os jogos que vinham era importantes, por isso tinha de recuperar o mais rápido possível.
Sentiu que a equipa precisava de si nesse momento?
— Sim, tive essa preocupação, porque tivemos um circuito de jogos muito importantes, e tínhamos de ganhar esses jogos. Nesse momento, tínhamos muitos jogadores lesionados, precisávamos de conquistar alguns pontos, e eu tinha a preocupação de recuperar mais rápido para ajudar a equipa.
Para a próxima época, quais são os seus objetivos individuais?
— Vou tentar superar o bom nível que apresentei esta época, e alcançar números superiores aos que apresentei esta época, ultrapassar o número de golos desta temporada, fazer mais assistências. Fiz poucas assistências esta temporada, vou tentar melhorar isso. Vou tentar, também, preocupar-me fisicamente, para evitar lesões.
Prefere jogar a ala, ou a extremo?
— Para mim, é igual, desde que eu esteja em campo para ajudar a equipa. Eu sinto uma pequena diferença entre jogar à esquerda ou jogar à direita, por ser canhoto. Na direita, eu recebo a bola para dentro, consigo puxar para dentro, saio de fora para dentro com maior facilidade. Na esquerda, quando puxo para dentro, é diferente.
Tem alguma alcunha no balneário?
— Não, só no posto médico. Quando eu entro, eles dizem Geny, já Catamo (cá estamos).
O que faz nos tempos livres, normalmente?
— Fico em casa, a descansar. Faço exercícios de mobilidade em casa, recuperação com Normatec (botas de pressoterapia), jogo playstation e divirto-me com a família.
Além do futebol, acompanha outro desporto?
— Sim, o basquetebol da NBA.