
Francisco Dias, presidente do Gil Vicente
Pedro Correia / Global Imagens
Assembleia Geral Extraordinária da Liga concluída sem definição sobre o futuro do Gil Vicente em 2018/19
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Em que campeonato competirá o Gil Vicente na próxima temporada? A pergunta continua sem resposta depois de concluída a Assembleia Geral da Liga, que teve lugar esta terça-feira na sede daquele organismo. "Foi adiada para um próxima assembleia, num espaço de 90 dias, para ser repensada a situação", respondeu Francisco Dias, presidente do clube de Barcelos quando questionado sobre a decisão tomada no ponto quatro da reunião magna da Liga.
O clube minhoto continua a defender que a reintegração na I Liga deverá ser feita na próxima temporada - e não em 2019/20, conforme pré-acordo firmado anterior entre Liga, Belenenses e Gil Vicente -, evitando que não esteja sequer obrigado a pontuar em 2018/19, caso de mantenha na II Liga ou até seja despromovido ao Campeonato de Portugal. "O motivo maior do impasse é que não estou de acordo que o Gil Vicente possa competir, na próxima época, de uma forma em que não estejam pontos em disputa. Não me parece a melhor situação. Ficou de se pensar a ver a melhor solução. O Gil Vicente defende que o ideal para acabar com a suspeição e com aquilo que de mal pode ser levantado é que a reintegração aconteça em 2018/19, o que já deveria ter acontecido há um ano. Ainda a vejo como viável. Há muita gente que considera que é a melhor solução já a partir da próxima época", concluiu.
Sobre o mesmo assunto, Sónia Carneiro, diretora-executiva da Liga, revelou que não será uma solução viável ter uma I Liga em 2018/19 com mais do que 18 clubes. "Um campeonato com 20 equipas foi dito, pela maioria dos clubes, que era impossível. Não há calendário, não há sustentabilidade económica para isso. Desde que este presidente assumiu a Liga todas decisões foram tomadas com base em estudos técnicos e, por isso, não haverá nenhuma decisão precipitada. A possibilidade de integração do Gil Vicente na próxima época não tem sustentação técnica", afirmou.
A diretora executiva revelou ainda que o tema será discutido num grupo de trabalho com representantes do Gil Vicente, Liga de Clubes e Federação Portuguesa de Futebol, havendo um prazo de 90 dias para que a decisão final possa ser tomada, embora admita que a questão possa ficar resolvida a tempo de ser debatida já na próxima assembleia geral da LPFP, agendada para 29 de março.
