Apesar dos 40 anos, o campeão europeu não desarma e mantém intenções de jogar mais uma época. Debate entre o peso no balneário e a perda de posição definirá futuro em Braga
Corpo do artigo
Com 40 anos, 30 jogos até à data na época dos minhotos, José Fonte entrou num período de gestão e definição de expectativas quanto à sua carreira. Sem ter sido opção em qualquer um dos últimos cinco jogos do Braga, o titulado central português, que viveu anos de estrelato e profunda admiração em Inglaterra e, sobretudo, França, ao serviço de Southampton e Lille, tem perfeita consciência de que reúne condições para perdurar nos relvados uma época mais, estando à espera de conhecer os planos dos guerreiros quanto à sua continuidade. Fonte é uma pedra basilar do balneário, pela experiência e proximidade com o núcleo duro, essencialmente Moutinho e Horta. António Salvador assegurou a vontade de conversar com ele - e Pizzi- sobre o futuro no clube de dois veteranos com papel agora mais secundário.
Fonte fez valer os créditos da sua contratação na fase inicial da época, jogando quase sempre como titular, e conseguindo grande pecúlio dos 30 jogos que soma, mas a entrada em 2024 foi dando pistas do declínio da sua posição nas escolhas de Artur Jorge, situação claramente exposta no recente cinclo de cinco jogos, em que não saiu do banco.
A defesa do Braga, no seu todo, viveu vários meses de sobressalto e martírio, imensidão de golos sofridos, com custos para a reputação de qualquer um dos centrais, e Fonte até foi o que mais resistiu, tendo à data mais jogos disputados do que Serdar, Niakaté e Paulo Oliveira. De qualquer modo, numa fase em que se jogam resultados e também decisões relativas ao plantel, Salvador e Fonte falarão das intenções das duas partes mas, sabe o JOGO, o central acredita que pode jogar outra época com rendimento. Se o Braga não lhe der garantias de ser recurso de primeiro plano, pode procurar mudança de ares, espreitando projeto com papel mais ativo.