Final da Taça da Liga: Benfica conta mais sucessos, treinadores têm pouca rotação
Os rivais da Segunda Circular lutam pela Allianz Cup e o plantel de Bruno Lage tem maior experiência neste tipo de partidas e a levantar troféus. Di María e Otamendi pesam
Corpo do artigo
No espaço de 14 dias, Sporting e Benfica encontram-se pela segunda vez. E se o primeiro dérbi da época representava a possibilidade de entrar em 2025 na liderança do campeonato, o segundo confronto entre os rivais lisboetas é decisivo, pois vale a conquista de um troféu para o museu, no caso a Taça da Liga. E se os leões chegam ao desafio com o estatuto de campeões e moralizados precisamente por ocuparem o topo do campeonato (agora à condição), são as águias quem apresenta maior experiência em finais, quer ao serviço de clubes quer de seleções. E com muito maior sucesso a levantar troféus.
Olhando ao que os atletas das duas equipas fizeram ao serviço de clubes e seleções, os benfiquistas têm presença em 74 jogos decisivos e venceram 54. Já os leões estiveram em 64 e ganharam 24.
Os jogadores que formam o plantel comandado por Bruno Lage disputaram no total 74 finais enquanto seniores, enquanto do lado verde e branco são 64 os encontros decisivos realizados. E se neste capítulo a diferença não é grande, a verdade é que olhando às conquistas a disparidade aumenta: se os atletas benfiquistas apresentam 54 finais ganhas, já os leoninos contabilizam... 24. Ou seja, as águias têm uma percentagem de sucesso elevada (72,9 por cento), já a dos sportinguistas é negativa (37,5%).
Mas o triunfo encarnado nesta contabilidade tem sotaque argentino, pois são Di María e Otamendi quem faz a balança pesar para o lado dos pupilos de Bruno Lage. O camisola 11, que nunca marcou aos leões, é o rei das finais. Esteve em campo por 31 ocasiões e vencer tem sido um hábito: ganhou 25 (mais uma do que todo o plantel do Sporting). Com troféus de topo a nível internacional, como a Champions (ganha no Estádio da Luz pelo Real Madrid) ou o Mundial, o extremo está em alta e leva... sete vitórias consecutivas em desafios decisivos - a última que perdeu foi também na Liga dos Campeões e... na Luz, em 2019/20.
Também Otamendi é destaque, pois disputou 20 finais e ganhou 13. Ou seja, a dupla argentina vale 51 finais e 38 troféus das 74 realizadas e 54 conquistadas pelos jogadores benfiquistas.
Do lado contrário, o mais experiente vai estar ausente esta noite. No Sporting, Morita é quem pisou o relvado em momentos capitais por mais ocasiões: sete. Ganhou, contudo, apenas três e todas no Japão, no Kawasaki Frontale. Pelos leões são três partidas decisivas e todas com derrotas: Taça da Liga de 2022/23, Taça de Portugal de 2023/24 e Supertaça já esta época. Esse é um registo que também Pedro Gonçalves, outra baixa por lesão, e Gonçalo Inácio, já apto, mas que deverá começar hoje no banco, têm. Os dois jogadores têm seis finais, vencendo as três primeiras e perdendo as três seguintes, as mesmas de Morita.
Com menos jogos decisivos na contabilidade, os leões apresentam, porém, um maior equilíbrio. Ou seja, há mais jogadores que chegaram a desafios que valiam a conquista de troféus. São 19 os futebolistas que já conheceram esse sabor, ainda que apenas dez acabaram por sorrir. Já do lado benfiquista há apenas 13 com presenças em finais, dos quais dez saíram vencedores.
Treinadores têm pouca rotação
Curiosamente, os dois treinadores são pouco experientes no que à disputa de troféus a eliminar diz respeito. A jogar em casa, segundo o sorteio, Rui Borges fará a sua primeira final, enquanto Bruno Lage disputará a segunda - venceu a primeira, na Supertaça de 2019/20 ante o Sporting, e nessa época até assegurou a presença no jogo decisivo na Taça de Portugal, mas foi substituído por Nélson Veríssimo.
Rui Borges tem a sua estreia em finais, enquanto Bruno Lage já disputou uma, com o Sporting, e ganhou
Curiosamente, se antes de 2024/25 nunca se tinham defrontado, agora fazem-no pela terceira vez em pouco mais de um mês. E há uma vitória por 1-0 para cada lado. Bruno Lage saiu por cima quando Rui Borges estava ainda ao comando do Vitória de Guimarães e o segundo venceu na estreia em dérbis.
Muitas mudanças em relação à última final
A começar pelos técnicos, muito mudou desde a última partida a valer um troféu numa prova a eliminar: a Taça da Liga de 2021/22, ganha pelo Sporting (2-1).
Se nas águias, dos jogadores na ficha de jogo, apenas Meité, titular, está vinculado ao Benfica (mas à espera de colocação), já os leões contam ainda com sete atletas. E só um deve ser titular: Geny Catamo, que foi então suplente, decisivo nos dois últimos dérbis amvos ganhos pelos leões.
Gonçalo Inácio e Esgaio, titulares nesse jogo, devem começar no banco, enquanto Pedro Gonçalves, Matheus Reis (que começaram esse desafio de início), Nuno Santos e Daniel Bragança (suplentes) estão agora lesionados.