Ultrapassada a lesão sofrida no início da temporada, Diogo Pinto foi titular nos últimos seis jogos e diz já estar a 100 por cento para ajudar os gansos a prosseguirem uma época de sonho. O camisola 10 dos gansos fez a formação como médio-ofensivo, mas desde que chegou a sénior começou a atuar nas alas. "Agora, sinto-me mais confortável a jogar da esquerda para a direita".
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Diogo Pinto vive agora um período de bonança no Casa Pia, depois uma fase de alguma tempestade no início da temporada. No ano de estreia na Liga Bwin, o médio-ofensivo, de 23 anos, ressentiu-se de uma lesão no ligamento de um tornozelo e ficou de fora cerca de dois meses e meio. "Foi uma fase complicada, até porque a equipa estava num bom momento e queria fazer parte daquilo. Mas, essa situação tornou-me mais forte e agora estou pronto para o que falta", vincou a O JOGO o camisola 10 dos gansos, sem esquecer quem o ajudou neste período turbulento: "Além dos colegas e da família, tenho de agradecer aos fisioterapeutas que trabalharam comigo, bem como ao Júlio e ao António, do ginásio, que também me ajudaram muito."
O regresso aos relvados aconteceu em Braga, onde foi titular, numa vitória por 1-0. "Estava tão feliz com esse momento que não conseguia pensar em nada. Joguei de início, era contra uma equipa grande e obtivemos um importante triunfo. Aproveitei o momento", conta Diogo Pinto, para quem a pausa do Mundial foi benéfica: "Embora tivéssemos jogos da Taça da Liga, era um contexto diferente. Os treinos nesta fase foram também mais físicos, o que foi bom para mim. Sinto-me preparado a 200 por cento para o resto da temporada."
Contratado no verão ao Estrela da Amadora, o médio-ofensivo faz um balanço positivo da estreia na Liga Bwin, onde nota que tem "mais espaço" do que no segundo escalão, o que beneficia as suas características. Na formação, Diogo Pinto jogou nas costas do ponta-de-lança, mas, desde que chegou a sénior, começou a atuar nas alas. "Sempre joguei por dentro. Agora, sinto-me mais confortável a jogar da esquerda para a direita. Desde que me tornei profissional, já fiz várias posições, o que é bom e me deixa mais preparado", constata o jovem, que passou pelas escolas do Benfica e Sporting e que esta época leva nove jogos.
Afastado dos principais palcos do futebol português durante mais de 80 anos, o Casa Pia é uma das surpresas da Liga Bwin, ocupando o quinto lugar, com 23 pontos. Um início de época que o criativo confessa "estar a correr acima das expectativas", mas que em nada muda os objetivos propostos. "A nossa primeira meta é conseguir a permanência. Sabemos que no passado houve equipas que no final da primeira volta estavam perto desse objetivo e depois caíram. Não queremos que isso aconteça e estamos concentrados para alcançar um patamar de cada vez", alerta Diogo Pinto, que destaca a união do grupo: "Temos um plantel de 27 jogadores e puxam todos uns pelos outros, mesmo quem está de fora".
"Tenho o sonho de jogar ao lado do meu irmão"
Diogo Pinto não é o único na família com talento para o futebol. O irmão Miguel Pinto, de 19 anos, também fez formação no Benfica e agora joga no Estrela da Amadora, onde tem sido mais utilizado nos sub-23. "Está a fazer o caminho dele e a evoluir bem. Tem capacidade para chegar à I Liga. Já disse ao meu pai que o meu sonho é jogar ao lado do meu irmão. Não queria acabar a carreira sem que isso acontecesse", deseja o médio do Casa Pia.
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"Filipe Martins é um treinador que não precisa de gritar para impor respeito"
Filipe Martins é o treinador de Diogo Pinto na época de estreia na Liga Bwin. O médio-ofensivo está a gostar de trabalhar com o técnico do Casa Pia, a quem destaca a forma calma de liderar. "É uma liderança tranquila, não é um treinador que precise de gritar para impor respeito", analisa o camisola 10 dos gansos, adiantando o que aprendeu com o líder da equipa técnica: "Já me ensinou muitas coisas, principalmente a nível tático. Sinto que melhorei muito na parte defensiva e sou um jogador mais completo desde o início da época".