FC Porto volta à final four da Youth League: "Mesmo com os nervos, continuem..."

No mesmo dia em que a equipa de sub-19 do FC Porto viaja para Nyon, na Suíça, para disputar a final four da UEFA Youth League, tendo o Milan como adversário nas meias-finais, Diogo Costa, João Mário, Gonçalo Borges e Romário Baró, que conquistaram a prova em 2019, deixaram conselhos à nova geração portista. 

Com o guarda-redes e o lateral a salientarem o “espírito de equipa e a entreajuda” presente no plantel da sua altura, o extremo aproveitou para recordar uma conversa antes da final frente ao Chelsea, em que os dragões venceram por 3-1, com golos de Fábio Vieira, Diogo Queirós e Afonso Sousa. 

“O mister estava a perguntar o que achávamos que iria acontecer e os meus colegas estavam a dizer: ‘Ah temos de jogar bem, estarmos juntos e ver se conseguimos ganhar’ e eu lembro-me de dizer: ‘Já que estamos aqui, vamos ganhar isto’. Depois acabou por acontecer, é a melhor memória que tenho”, sublinhou. 

Também o facto de vários jogadores azuis e brancos competirem regularmente a um nível profissional, nomeadamente na II Liga, ao serviço do FC Porto B, é um aspeto importante para estarem mais preparados para estas fases decisivas, refere o quarteto. 

“Isso tem de dar confiança aos companheiros de equipa e fazê-los perceber a importância de evoluírem para chegarem ao patamar mais alto possível. Obviamente que ajuda aprender com os melhores, eles querem levar isso para dentro do campo para ajudarem a equipa ao máximo”, explica Diogo Costa, acrescentando: “O segredo ou conselho que posso dar é para pensarem no primeiro jogo e não na final. É jogo a jogo, seguir o caminho mais simples é sempre o melhor”. 

Quantos aos inevitáveis nervos que antecedem uma fase decisiva como esta, João Mário salientou que não têm de ser necessariamente algo negativo: “Não costumávamos jogar com tanta gente no estádio. Chegar lá a uma competição como a Liga dos Campeões jovem, podermos ver todas aquelas pessoas e o mediatismo que havia na altura foi muito bom para nós. Foi um bocado enervante porque sabíamos que tínhamos de ganhar para passar à final, só havia um jogo e claro que há sempre aquele nervoso miudinho antes do jogo. A partir do momento em que o jogo começa, soltámo-nos. Fizemos grandes jogos e ficámos para a história”. 

“Vou recordar para toda a minha vida esse momento com muito carinho. Essa conquista foi importante, fiz uma época muito boa e consegui mostrar o meu potencial nessa competição tão prestigiante. Senti que podia continuar a evoluir e sem dúvida que me deu uma motivação extra para continuar a trabalhar e chegar à equipa principal, que foi o que acabou por acontecer”, completou. 

De resto, Gonçalo Borges deixou um último conselho: “Mesmo com os nervos do jogo, continuem a ser vocês mesmos. Isso vai trazer a vitória. Foi muito importante termos experiência, mas tínhamos também muita irreverência, isso é chave para uma final de dois jogos, que é o que isto é no fundo. É preciso terem maturidade, mas a irreverência muitas vezes traz a vitória”. 

O FC Porto defronta o Milan na sexta-feira, às 17h00, sendo que a outra meia-final da Youth League será disputada entre os gregos do Olympiacos e os franceses do Nantes.