Clubes da Premier League e da La Liga procuraram informações sobre a situação do brasileiro, que tem contrato até 2027. Portistas não fecham a porta a uma transferência, depois de uma época que ficou aquém das expectativas criadas até pelo próprio. Perda da titularidade no Mundial de Clubes foi um golpe duro.
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Depois do frenesim provocado pela janela de transferências especial criada pela FIFA a pensar nos participantes do Mundial de Clubes, o mercado regressa a um período de alguma acalmia, no qual Pepê surge como um dos primeiros protagonistas no FC Porto. Segundo o especialista Fabrizio Romano, clubes da Premier League e da La Liga movimentaram-se no sentido de conhecer a situação do extremo, que se viu relegado para o banco de suplentes nos três jogos realizados pelos dragões na competição organizada pela FIFA. Segundo informações recolhidas por O JOGO, a sociedade azul e branca não fecha por completo a porta ao internacional brasileiro, que cumpriu a quarta temporada da carreira no clube, mas tem apontado para os 25 milhões de euros como valor de referência para qualquer negociação. Uma quantia, note-se, não muito distante da avaliação que lhe é feita pelo portal Transfermarkt (22 M€).
Pepê tem uma cláusula de rescisão de 75 M€ desde 2022, ano em que prolongou o contrato que o liga ao FC Porto até 30 de junho de 2027, mas há a noção no seio da SAD de que será praticamente impossível algum clube atingir essa verba. O extremo completou 28 anos em fevereiro e as estatísticas indicam que concluiu a época menos produtiva desde que chegou à Europa, originando uma desvalorização natural. Embora a de 2022/23 tenha sido menos profícua na hora de atirar à baliza, com apenas cinco golos marcados contra os seis de 2021/22 e 2023/24, a verdade é que o internacional brasileiro estabeleceu um novo mínimo de assistências pelos azuis e brancos esta temporada, com apenas quatro – o máximo tinha sido dez, em 2022/23.
Numa autocrítica publicada nas redes sociais, o próprio chegou a admitir que esta temporada ficou aquém do que esperava no regresso ao clube após a participação na Copa América de 2024. “Uma época difícil, e muito abaixo daquilo que eram as minhas expectativas e do potencial que tenho. Uma má preparação da minha parte para a época acabou por me limitar em muitas coisas. Peço desculpa por não ter desempenhado aquilo que posso e o que muitos acreditavam”, escreveu.
Seja como for, os desempenhos de Pepê em épocas anteriores estão registados no bloco de notas de vários clubes europeus. O número 11 portista, recorde-se, chegou a ser associado ao Barcelona, ao Chelsea e ao Atlético de Madrid no passado, embora os valores na altura exigidos pelo FC Porto tivessem afugentado estes e outros tubarões. Desta vez, porém, o cenário é um pouco diferente e ninguém se espantará se Pepê tiver feito o último jogo pelos dragões contra o Al Ahly.