Declarações de Gianluca Mancini, defesa-central da Roma, em antevisão ao jogo com o FC Porto, em Itália, referente à segunda mão do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa (quinta-feira, 17h45)
Corpo do artigo
Este jogo é diferente dos outros jogos europeus, por ser "mata-mata"? "A tensão deve estar sempre presente. É um jogo importante, sabemos disso, mas nos últimos anos a Roma tem jogado muitos jogos como este e todos os anos dizemos as mesmas coisas. É um jogo de "tudo ou nada", preparámo-nos bem hoje. Como eu dizia, é preciso que todos estejam bem dispostos: nós, a equipa técnica, os adeptos, para fazermos um grande jogo contra uma grande equipa, para passarmos à próxima fase."
Duelo com Samu na primeira mão. Estudou algum dos adversários do FC Porto? "Estudei-os. Jogámos contra eles há uma semana, é uma equipa forte, sobretudo na frente, com bons jogadores: Pepê, Moura, que tem técnica e velocidade. Na semana passada tive o Samu e amanhã, com base nas escolhas do treinador, vamos ver as caraterísticas de quem vou defrontar. E, com base nisso, ele vai preparar-me o melhor possível. Temos alguns vídeos, a equipa do treinador envia-nos para nos dar a conhecer todos os jogadores que vamos defrontar."
Pouco perigo criado nos lances de bola parada: "Como disse o treinador, existe a nossa capacidade, mas por vezes também o acaso. No FC Porto, antes de sofrer o golo, o guarda-redes [Diogo Costa] fez uma grande defesa a um cabeceamento do Bryan [Cristante]. Por vezes, há também a capacidade dos adversários. No golo que sofremos: canto, eu cabeceio um pouco mais cedo, tiro mal, a bola vai para o Angelino que remata, e no ressalto do guarda-redes eles recomeçam e marcam em transição, mas de forma aleatória. Há momentos em que se cobram dois cantos e se marcam dois golos de cabeça, como eu no ano passado, e outros em que se coloca bem a bola, se faz um grande cabeceamento e o guarda-redes faz uma grande defesa. Trabalhamos para isso e sempre que há um canto ou um livre, entramos com vontade de marcar, porque as bolas paradas são importantes. Nos últimos dois jogos, sofremos alguns contra-ataques a partir de cantos, vimos isso e trabalhámos para os limitar ainda mais."
Mudança com a chegada de Ranieiri: "Quando o treinador chegou - não havia muitos jogadores, porque era pausa para as selecções - o meu corpo sentiu-se como se tivesse relaxado, porque o treinador traz isto com ele. Ele não precisava de apresentações, cada um de nós cresceu a vê-lo treinar campeões, grandes equipas. E depois, no campo, voltou a pôr-nos no nosso lugar, cada um a fazer o que lhe competia. Trabalhou o conceito de equipa, ajudando-nos, dando-nos instruções tácticas. Trouxe de volta o sorriso que faltava, porque nas últimas semanas, antes da sua chegada, já não existia e para quem pratica este desporto tem de haver um sorriso, a felicidade de vir para o campo toda a semana, para aprender e crescer. Se não se está feliz, leva-se isso para Trigoria [centro de treinos], para casa, e tem influência nos resultados. O treinador trouxe-nos tudo isto e os resultados estão a aparecer. Ainda não fizemos nada, mas alguma coisa está a aparecer."