Muitos portugueses radicados na Bélgica com dificuldades para arranjar bilhetes para o jogo do FC Porto devido às limitações do estádio, que terá uma bancada fechada por imposição da UEFA
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Um céu cinzento, com o sol a furar as nuvens aqui e ali e alguns períodos de chuva: será este o cenário que o FC Porto encontrará em Antuérpia, onde chegará ao final desta terça-feira, véspera do jogo da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao campeão belga.
Aos 800 adeptos portistas que viajam de Portugal juntar-se-ão mais 300 no Estádio Bosuil, que terá uma das bancadas completamente vazia por indicação da UEFA. O espaço precisa de obras de remodelação e, segundo o organismo que regula o futebol europeu, não apresenta as condições mínimas de segurança para receber pessoas.
As limitações resultaram numa redução do número de lugares disponíveis no estádio para apenas 15 000 (incluindo 1500 para VIPS e relações empresariais), pelo que tem sido extremamente difícil para os portugueses radicados na capital europeia dos diamantes ou nas redondezas encontrar ingressos.
“Procurámos através de pessoas conhecidas, como o Ivo Rodrigues, com quem criámos uma excelente relação quando passou por cá, e não foi possível”, explicou Isabel, esposa de Nélson Cabrita, “chef” e proprietário do restaurante português “Paraíso do Paladar”, onde O JOGO e outros meios de comunicação social encontraram alguns portistas provenientes de Portugal a almoçar já esta terça-feira.
Divergências entre o dono do clube, Paul Gheysens, e a proprietária dos terrenos onde se ergue o estádio, Tania Mintjens, têm atrasado a conclusão da obra e nova deslocação para o Estádio Rei Balduíno, em Bruxelas, como sucedeu há três anos, estava fora de questão.
Antuérpia fica a pouco mais de 40 quilómetros da capital, mas desta vez os responsáveis do “Great Old” (Grande Velho) preferiram premiar os adeptos com jogos na sua casa, para tristeza de muitos emigrantes portugueses na Bélgica que serão obrigados a ver o jogo pela televisão.