Má relação entre o peruano e os adeptos teve mais um episódio no dérbi com o Moreirense. Ex-jogadores pedem resolução do caso,
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A relação tensa entre Hurtado e os adeptos do Vitória conheceu mais um episódio. Assobiado no momento em que entrou em campo, aos 56 minutos, o peruano respondeu nos festejos do golo, apontado nos descontos, ao levar o dedo à boca como que a mandar calar os adeptos, saindo depois disparado para o balneário quando o árbitro terminou o dérbi, situação que levou José Peseiro e Flávio Meireles a resgatá-lo de novo para o relvado para os agradecimentos ao público. Tudo começou em novembro do ano passado, quando o médio revelou, em declarações à Imprensa peruana, que tinha acordado com o Vitória que daria prioridade à seleção sempre que fosse chamado, situação que o levou a falhar o jogo com o Benfica, da primeira volta, para poder preparar o play-off com a Nova Zelândia, apresentando-se mais cedo do que outros companheiros que atuam também na Europa.
A propósito do caso, O JOGO falou com dois ex-atletas do Vitória, ambos da opinião que o conflito deve ser sanado para bem das duas partes. "A atitude do Hurtado não foi a mais correta ao não querer ficar no relvado para o agradecimento ao público, mas um jogador deve saber conviver com os assobios. Há condições para o Hurtado continuar, embora seja preciso resolver o conflito com uma reunião entre ele e as claques, mediada pelo clube", defendeu Laureta.
Fazendo notar que a relação de Hurtado com as bancadas se agudizou quando se registou a invasão do treino por parte de um grupo de adeptos, também João Alves, antigo médio do Vitória, apontou a necessidade de um cessar-fogo. "A única situação que preconizo é que os adeptos esqueçam o dilema, porque isto é mau para todos. Acho que lhe deviam dar uma oportunidade. O Hurtado tem de ter uma força mental grande, porque marca golos após ser assobiado. No meu tempo, o Edgar também era assobiado e depois acabou aplaudido."