O último jogo voltou a demonstrar um comportamento quase suicida, com um golo encaixado aos oito minutos. Esta temporada houve mais seis situações do género
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Com mais golos sofridos do que marcados (33 contra 32), a imprevisibilidade do Vitória tem sido mais do que evidente, notando-se ainda uma tendência madrugadora em termos de golos encaixados. Esta época a equipa vitoriana soma sete golos sofridos no primeiro quarto de hora, embora isso não signifique ausência de triunfos nesses jogos, notando-se também uma capacidade para virar resultados ou, no mínimo, para atenuar danos.
Na última jornada, no empate caseiro com o V. Setúbal, a equipa de Sérgio Conceição voltou a dar razão à tendência, permitindo um golo aos oito minutos de jogo. A situação tem gerado vários alertas, com o treinador a exigir concentração em todos os momentos do jogo e não só à defesa. Com o dérbi minhoto no horizonte, manter a baliza fechada nos primeiros minutos poderá ser determinante para o resultado.
Além do último jogo - de resto no Bonfim a equipa também sofreu um golo aos 13 minutos -, foram permitidos remates certeiros no primeiro quarto de hora ao FC Porto, Sporting, Moreirense, Belenenses e União da Madeira. Destes jogos, o Vitória perdeu apenas dois (FC Porto e Sporting), em virtude da tal capacidade de reação, registando-se duas reviravoltas (Moreirense e União da Madeira) e três empates. Ainda assim, para lá de deixar os adeptos em estado de alerta, entrar muitas vezes a perder tem obrigado o Vitória a um maior desgaste físico e psicológico. Em Braga, contra o quarto melhor ataque, a tendência será colocada à prova.