A indefinição à volta da data da final da Taça da Liga está a revoltar o Marítimo. O presidente Carlos Pereira diz que que Proença quer agradar a alguém e assim "vai ter o mesmo fim dos antecessores"
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Carlos Pereira está incomodado, e tem-no dito, com o facto de a Taça da Liga não ter uma data fixa, desde o início. A partir desta polémica, e quando ainda espera pelo finalistas (Benfica ou Braga), tece duras críticas a Pedro Proença. "O presidente da Liga não está a defender o futebol como deve. Não tem de estar ao sabor de A, B, ou C. Tem, de estar ao sabor daquilo que é o projeto desportivo. Não devia ter alterado a primeira data da final (2 de maio)".
O assunto tem sido muito discutido. Carlos Pereira conta que "na passada quarta-feira zanguei-me muito com Pedro Proença, porque não admito que venha dizer que isto é tudo por causa do passado. Quando cheguei ao Marítimo tinha um passivo altíssimo e nunca disse que era responsabilidade do presidente anterior. Pelo que me foi dado a conhecer, está um barril de pólvora ali dentro (Liga) pela sua pouca flexibilidade e pelo seu desconhecimento total do que é fazer gestão. Há algum tempo que eu disse que estou dececionado com a sua capacidade de gestão. Vou continuar a dizer isso. Acho que ele está a querer agradar a alguém que, por interesse próprio, não lhe deixa ter a visão do produto futebol. E ele vai estragar o próprio futebol. Se a final da Taça da Liga tiver de ser depois da final da Taça de Portugal, não vai ser bom".
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A hipótese de a final poder ser nos Barreiros, até por sugestão do Benfica - na hipótese de ir à final -, não colheu opinião favorável de Proença, que avançou com a questão da logística como uma impossibilidade, mas Carlos Pereira argumenta que "o jogo entre a Bélgica e Portugal alterou-se de um dia para o outro... e fez-se".
A revolta dos madeirenses percebe-se. Não haver uma data fixa impede os adeptos de fazerem a marcação das viagens. Carlos Pereira explica: "O que nós queríamos era uma data fixa, marcada a tempo porque os ilhéus não estão a um clique de um volante. É de avião que têm de ir, e a cada dia que passa o preço aumenta. Na altura que quisemos a data marcada, os bilhetes estavam a 86 euros. Hoje as passagens já custam quase 200"...
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