Dos 16 treinadores que jogam a Liga Europa é o do Sporting aquele que mais jogos soma. Lyon é o grande objetivo.
Corpo do artigo
"É um sonho voltar a uma final da Liga Europa. Este ano tenho muitas esperanças nisso." A frase é de Jorge Jesus e foi tirada de uma entrevista exclusiva que o técnico concedeu à UEFA. Em vésperas de receber os checos do Plzen, para a primeira mão dos oitavos de final da competição, o timoneiro dos leões deu largas à ambição. Se tem razões para isso? Em Alvalade, presidente e treinador já assumiram que vencer este título europeu é um objetivo; em Alvalade, mora uma equipa que vai colocar o foco na sua expressão internacional - até porque está a oito pontos da liderança na I Liga -, apoiada na experiência de quem já atingiu duas decisões da Liga Europa e de quem soma 48 embates divididos entre seis épocas.
Chelsea (2012/13) e Sevilha (2013/14) impediram Jorge Jesus - e o Benfica - de chegar a este título europeu. JJ quer agora quebrar o enguiço
Entre 2009 e 2018, JJ foi acumulando currículo na "sucessora" da Taça UEFA, primeiro ao serviço do Benfica, agora com as cores do Sporting. Acumulou tanta experiência que entre os 16 treinadores finalistas da atual edição da Liga Europa, é o próprio quem mais jogos tem disputados. É verdade que nesta lista estão nomes como o de Arsène Wenger, técnico do Arsenal que, apesar de só ter oito embates na Liga Europa, soma 234 em todas as provas da UEFA; mas também é verdade que esta experiência ensinou Jesus as dificuldades que se encontram para conquistar uma Liga Europa, prova decidida nos pormenores e que, mediante uma proposta sua, até já dá acesso à Champions. "A Liga Europa valorizou-se muito quando se mudou a possibilidade de o finalista vencedor entrar diretamente na Champions", lembrou Jorge Jesus nessa mesma entrevista, um treinador que na garganta ainda tem atravessadas as finais perdidas para o Chelsea (1-2, em 2012/13) e o Sevilha (por penáltis, em 2013/14).
À UEFA, JJ define-se, uma vez mais, como um criador, daqueles que introduziram inúmeras novidades na modalidade. "Muito do meu trabalho, das ideias das minhas equipas e, principalmente, do treino é algo criado por mim. As várias marcações que hoje se usam, as marcações à zona, na bola parada, fui eu que lancei há 25 anos. Os bloqueios no futebol fui eu que trouxe do basquetebol. Hoje, todas as equipas no mundo o fazem. Sou um treinador que tem trazido coisas diferentes para o futebol, para além de ser um apaixonado e um obcecado pela profissão", concluiu.