Bruno de Carvalho deu a Jesus cinco reforços, como o técnico desejava, mas o seu aproveitamento é residual.
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Jorge Jesus pediu reforços em cinco posições, no mercado de transferências de janeiro, para o Sporting poder discutir todas as frentes, e Bruno de Carvalho satisfez as necessidades do técnico, exigindo-lhe "em troca" a conquista de títulos, em particular o campeonato nacional que foge aos leões desde 2001/02. No entanto, apesar do avultado investimento financeiro que esse ataque em força ao mercado ditou, o principal objetivo da temporada está cada vez mais difícil e os tais cinco reforços pouco têm contado para o técnico dos leões.
O JOGO noticiou que os leões se preparavam para contratar cinco jogadores em janeiro, uma informação desmentida prontamente por responsáveis do clube, que sempre falaram em contratações cirúrgicas, mas que viria a confirmar-se. Lumor, Misic, Wendel, Rúben Ribeiro e Montero chegaram assim até ao fim de janeiro e representaram uma despesa a rondar os 13 milhões de euros. Do referido quinteto, apenas Rúben Ribeiro e Montero têm sido opções regulares (o brasileiro Wendel ainda nem se estreou e Lumor e Misic somam 17" e 21", respetivamente), embora como segundas escolhas e maioritariamente fruto de baixas que vão surgindo. A dupla atacante, curiosamente, tem um impacto pequeno nas contas do investimento feito, ao contrário dos restantes três do lote. O Sporting entrou em fevereiro a dois pontos do FC Porto e três à frente do Benfica, ocupando agora o terceiro lugar a oito dos dragões e três das águias. Dos cinco reforços, apenas Montero completou uma partida e marcou um golo (ante o Feirense).
Afirmação complicada com comboio a andar
Tal como o Sporting, o FC Porto entrou em janeiro envolvido em todas as frentes e também aproveitou a janela de transferências intermédia para reforçar o plantel, por forma a ter mais argumentos para batalhar nos diferentes focos competitivos. Contudo, face às restrições orçamentais que não limitaram os leões, os dragões acertaram os reforços de inverno sem custos. Promoveram o regresso de Gonçalo Paciência, que se encontrava cedido por empréstimo ao V. Setúbal, e acertaram os empréstimos de Osorio, Paulinho e Waris. O aproveitamento dos novos elementos do único rival dos leões que também se reforçou no mercado de inverno - o Benfica não procedeu a qualquer movimentação este ano - não difere muito daquele que é verificado em Alvalade: o avançado português resgatado aos sadinos leva quatro jogos e estreou-se a titular no clássico com os leões; Waris leva seis jogos e sensivelmente a mesma centena de minutos em campo. Afinal, um registo inferior até ao verificado pela dupla composta por Rúben Ribeiro e Montero entre os leões. Situação similar com os restantes reforços de inverno: Paulinho tem utilização residual no FC Porto, como Misic e Lumor no Sporting; Osorio ainda não se estreou pelos dragões, tal como Wendel pelos leões. Estão ainda a apanhar o comboio.