João Mário foi chamado à posição na Seleção de Sub-21, já depois de algumas experiências no clube.
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É ainda muito cedo para o dizer e, provavelmente, serão precisas mais algumas semanas, talvez até meses, para o definir, mas a verdade é que João Mário, promissor extremo do FC Porto, pode vir também a desenvolver capacidades para se tornar... lateral.
Foi nessa posição que jogou 22 minutos pela Seleção de Sub-21, já depois de Sérgio Conceição lhe ter dado alguns minutos com o Marítimo, num posicionamento semelhante, e uma série de treinos anteriores para aprimorar o ajuste às novas funções.
A experiência de recuar João Mário começou na reta final da última época. O vencedor da Youth League, também ele da geração de 2000, como Fábio Vieira, Romário Baró ou Vítor Ferreira, foi chamado à equipa B no regresso ao trabalho após a interrupção ditada pela pandemia. Nessa altura, Manafá e Tomás Esteves eram os laterais direitos de serviço, mas à esquerda só havia Alex Telles. Nas ausências do brasileiro, ou até noutro tipo de treino de conjunto, era Manafá quem derivava para o lado contrário e, às vezes, João Mário recuava. Foi assim, aliás, nos dois jogos-treino que antecederam a competição e em ocasiões se seguiram. As características do jogador fazem Sérgio Conceição acreditar que há um filão para explorar. E a ideia será ir dando-lhe essa oportunidade para perceber se João Mário a pode, ou não, aproveitar.
Curiosamente, anteontem isso sucedeu durante 22 minutos na Seleção de Sub-21, substituindo Diogo Dalot, outro com "pedigree" azul e branco. E não foi ao acaso que Rui Jorge o escolheu. No banco estavam Tomás Tavares e Pedro Pereira, dois jogadores com passado recente no Benfica e laterais de origem. O selecionador quis testar uma solução diferente e, sabendo que o portista começa a conhecer o lugar, não hesitou. Com a Bielorrússia foi muito simples. João espera agora por ensaios mais exigentes. Enquanto isso, no Olival, continuará a ter tempo para desenvolver competências.
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