Eixo curto é risco elevado e procuram-se soluções: a formação, Esgaio... e o ataque total
O JOGO analisou as temporadas do técnico na Liga e, tanto pelo Braga, como pelo Sporting, utilizou sete jogadores no trio de centrais. No plantel principal, agora, tem só cinco para gerir
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Rúben Amorim e a SAD identificaram a necessidade de o Sporting reforçar o plantel com mais um central, de modo a garantir um suplente para cada posto no eixo defensivo, no entanto ninguém chegou e até saiu Eduardo Quaresma rumo ao Tondela para ganhar maturidade, minutos e traquejo na I Liga.
O defesa central desejado por Rúben Amorim não chegou e agora tem de encontrar soluções para época longa
A saída do jovem central aumentou o risco que o técnico corre com apenas cinco jogadores para três vagas numa época com mais jogos que a anterior. Até porque o técnico utilizou sempre sete jogadores na posição, quer no Braga, quer nas duas épocas anteriores nos leões. Assim, o Sporting terá, pelo menos até janeiro, de gerir bem o trio titularíssimo: Gonçalo Inácio na direita, Coates no centro e Feddal na esquerda. "Tenho de arranjar soluções, por isso é que contratámos muitos miúdos", referiu o técnico há semanas, a propósito de saídas no mercado e da composição do plantel. Uma máxima para cumprir nos próximos meses.
O canhoto da formação, Inácio, solidificou o processo defensivo e de saída de jogo e ganhou o lugar a Neto, agora o substituto natural para o sucessor e para Coates, ao meio. O uruguaio fez no ano passado a melhor época no que toca a golos (7) e, desde que está no Sporting, faz sempre 40 ou mais partidas. É essa regularidade e a esperança de não contrair lesões que descansa Amorim. Já o marroquino Feddal, fez 34 jogos em 2020/21, o maior pecúlio da carreira numa só época desde 2008/09, e Amorim sabe da importância de lhe gerir o físico, estando para o seu lugar Matheus Reis como alternativa, um lateral-esquerdo adaptado.
Inflexível: com Amorim quem se adapta são os jogadores, a tática permanece igual em 3-4-3
Somados os centrais do plantel principal, Amorim tem então cinco jogadores, já contando com o adaptado Matheus Reis. O JOGO analisou as temporadas do técnico na I Liga e constatou que esse número será insuficiente olhando aos compromissos das Taças, campeonato e Liga dos Campeões. Quando assumiu o Braga, em 2019, Amorim testou sete jogadores em 13 jogos: Tormena, Pablo Santos, Raúl Silva, Bruno Viana, Wallace, Bruno Wilson e Pedro Amador, este um lateral desviado para o eixo. Ao mudar-se para o Sporting, em 2019/20 repetiu o número de utilizados: Coates, Neto, Eduardo Quaresma, Mathieu, Borja, Ilori e Acuña, argentino que não escondeu a frustração pelo posicionamento.
Em 2020/21 foram... novamente sete os utilizados por Amorim: Inácio, Quaresma, Neto, Feddal, Coates, Matheus Reis e Borja, que ainda fez cinco partidas antes de rumar a Braga. Assim, depreende-se que o técnico terá de encontrar soluções internas como tem vindo a afirmar sucessivamente.
Alternativas: a formação, Esgaio... e o ataque total
A requisição civil de jogadores para o eixo defensivo está a ser preparada pela Academia. Josep Marsà, que chegou da formação do Barcelona, ainda não foi utilizado na equipa B leonina, mas é um dos candidatos a ter minutos, já que tem sido chamado a espaços e até foi inscrito na Liga dos Campeões. No entanto, quem mais encanta para já é Chico Lamba, que aos 18 anos é titular nos bês.
Depois, existem soluções diferentes. Esgaio, mesmo não tendo sido central com Amorim no Braga, conhece a posição e é uma garantia pelo pé direito, já que, dos cinco centrais verdes e brancos, só dois são destros. Do outro lado, Vinagre também pode ser opção de recurso, com Nuno Santos a fazer a ala esquerda. Ugarte ou Palhinha também podem ser alternativas.