Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a vitória por 3-0 na receção ao Aves SAD, este domingo, para a sexta jornada da I Liga
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Cada vez há mais dinâmica de vitória no clube. Isso ajuda a quem entra? “Sim, também porque temos uma base boa, vamos mudando mas temos uma rotina que ajuda os que entram. Obviamente que ajuda, o dilatar dos resultados também nos obriga a arriscar mais. A ganhar é tudo mais fácil, há menos pressão, especialmente com o ambiente que se vive hoje em Alvalade”.
Ricardo Esgaio fez os primeiros minutos esta época: “Nós começámos a época a pensar num posicionamento mais com extremos. Nesse esquema, Esgaio pode ser defesa e terá o papel que sempre teve. Ele dá sempre o máximo e fora de campo é muito importante. O seu papel depende das características do jogo e dele”.
Harder e Gyokeres são um desafio para jogarem ao mesmo tempo? E jovens da equipa B que foram chamados: “O Miguel [Alves] é central do lado esquerdo, não temos muitos. O Bruno [Ramos], pé direito, não foi a nenhuma seleção e foi o nosso central do meio. É muito rápido e, apesar de não ser titular na equipa B, nota-se na sua forma de jogar com a bola que lhe falta qualquer coisa. Eu gostei muito dele, nos treinos apanha o Viktor [Gyokeres] e isso não é fácil. Estamos a tentar trabalhar a sua forma de entender o jogo com a bola, porque sem bola tem características perfeitas para uma equipa subida. O [João] Simões tem jogado a ala mas acho que é médio-centro, gosto dele assim e tem uma grande capacidade física. Não sendo rápido, é resistente e pode fazer a posição do Morten [Hjulmand] e do Morita. Mas temos outros, às vezes há jogadores que vêm para aqui porque o João [Pereira, treinador da equipa B] diz-me que não os vai usar e assim não estragamos a ideia dele. Sobre Conrad e Viktor, não penso em desafios, olho para o jogo e tento transformar as rotinas. Se Conrad tiver de jogar sozinho para o Viktor descansar, vai jogar. Se precisarmos de dois num bloco em profundidade, vão jogar os dois. O que interessa é ganhar o jogo”.
Que outros desafios colocou no jogo do Sporting? Maxi Araújo e Nuno Santos: “O Maxi joga muito na seleção por dentro, o desafio é colocá-lo por fora para lutar com o Nuno Santos. Não quero confundi-lo e depois nunca mais acerta a posição, mas a posição em que jogou hoje é a que joga mais na seleção. O [Matheus] Reis tem uma capacidade e ligação diferente com o Nuno e hoje faltou-nos o jogador que para mim é mais difícil de replicar na equipa, o Pote, que é especial porque é pé direito, extremo e médio ao mesmo tempo, é rápido e faz golos. É um desafio jogar sem ele e já lhe estou a dar moral a mais (risos), mas é um desafio. Quando não temos o Pote e o Marcus [Edwards] ao mesmo tempo, torna-se um grande desafio”.