Após expulsão de Diogo Macieira e a lesão de Diogo Lopes, ambos no jogo da semana passada frente ao Vila Pouca, o Vidago irá iniciar o encontro frente ao Valpaços com uma cara nova na baliza... o treinador de guarda-redes.
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Num episódio caricato, e possivelmente ímpar, Diogo Tavares, treinador de guarda-redes, foi o eleito para, no domingo, defender a baliza do Vidago frente ao Valpaços, num duelo que diz respeito à Divisão de Honra da AF de Vila Real. O motivo? Esse prende-se com a falta de soluções para a posição.
Ora, face à expulsão de Diogo Macieira no empate frente ao Vila Pouca (3-3), e, mais tarde, no decorrer desse mesmo encontro, com a lesão de Diogo Lopes (guardião que entraria na partida, defendendo, aliás, uma grande penalidade), de imediato, surgiu um problema bicudo em Vidago. Sem escalões de sub-19 e sub-17, a alternativa recaiu, inevitavelmente, no único "atleta" inscrito para a posição. "Não temos grandes hipóteses, nós só somos três inscritos. Eu sou treinador de guarda-redes, mas estou como guarda-redes, no caso de acontecer um cenário como este. Ainda fazia força para ver se o Diogo (Lopes) podia, mas a lesão é grave", começa por contar Diogo Tavares a O JOGO.
Com formação realizada no Chaves, e, ironicamente, partilhando o mesmo nome que os seus "discípulos, o técnico, de 30 anos, irá realizar a estreia no futebol sénior. Na realidade, já lá vão 11 anos desde que competiu pela última vez, enquanto atleta. Teríamos de regressar ao ano de 2012, no qual, ao serviço do Hóquei Flaviense (sub-19) largou o futebol pelo futsal, e a baliza por uma posição bem antagónica: pivot. No entanto, e apesar destas circunstâncias, o mesmo demonstra estar confiante para a execução desta nova função. "Tenho um pouco de pressão, mas não será nada. Tenho treinado, estou bem fisicamente e acho que vai correr bem", remata.
Apesar de tudo, apostar num treinador de guarda-redes para terceira opção é um movimento curioso. Paulo Lopes, presidente do clube, explicou a razão que levou os responsáveis a tomar esta decisão no início da época. "Aqui há uns anos, no meu primeiro ano no clube, houve uma situação também ela caricata. Num jogo em Mesão Frio, tivemos que utilizar três guarda-redes. O titular foi expulso e o atual diretor-desportivo, na altura jogador, fez o jogo até ao intervalo. Depois, na segunda parte, entrou um guarda-redes", relembra o episódio que esteve na origem desta escolha, acrescentado, ainda, que, devido "à dificuldade na região para esta posição e sabendo das qualidades do Diogo Tavares", os responsáveis fizeram questão de pedir ao técnico de guarda-redes se poderia "assumir a responsabilidade de ser o terceiro guarda-redes", finaliza.
De resto, a opção será para mais jogos, uma vez que, devido à expulsão por vermelho direto de Diogo Macieira, forçando-o a um afastamento de dois jogos, e à lesão prolongada de Diogo Lopes, não restam muitas alternativas em Vidago, se não apostar no mais recente "reforço".
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