Se vencer esta terça-feira, o FC Porto termina a fase de grupos só com dois pontos cedidos, feito que já alcançou em 1996/97. Só quatro clubes europeus o conseguiram mais do que uma vez
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O FC Porto viajou para Istambul com o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões assegurado, e até com o primeiro lugar que garante ao campeão português ser cabeça de série no sorteio, mas ainda está muito em jogo para a equipa de Sérgio Conceição.
Além dos 2,7 milhões de euros para arrecadar nesta última jornada, os dragões tentam a 12.º vitória consecutiva em todas competições, proeza que esta época ainda não foi alcançada por nenhuma equipa dos 10 principais campeonatos da Europa. A juntar a estes dados, os dragões tentam uma vitória que garanta a entrada num lote restrito de equipas que repetiram uma primeira fase da Liga dos Campeões cem por cento vitoriosa ou apenas com um empate concedido.
Feito de António Oliveira pode ser igualado, numa época em que Corona foi adaptado como Conceição em 1996/97 e na qual Marega desempenha o papel de Artur. Mas há outras particularidades...
Até ao momento, o FC Porto só deixou dois pontos em Gelsenkirchen, contra o Schalke 04. Ao longo da prova, e mesmo quando as vitórias contavam apenas dois pontos, apenas quatro equipas entraram nesta zona VIP. Barcelona (em sete ocasiões), Real Madrid (seis), Juventus e Ajax (duas) são as únicas que preenchem os requisitos. O FC Porto está à porta, mas precisa de vencer hoje. Se tal acontecer, os dragões repetem o feito alcançado em 1996/97, então sob o comando de António Oliveira. Algo que nem a equipa treinada por José Mourinho, que venceu a Liga dos Campeões de 2003/04, conseguiu. Nessa altura, os portistas terminaram a primeira fase em segundo lugar, atrás do Real Madrid, com três vitórias, dois empates e uma derrota.
Já a equipa de António Oliveira só cedeu um empate em 1996/97. Num grupo com Milan, Rosenborg e Gotemburgo, os dragões conquistaram cinco vitórias, uma delas em Milão. O único empate aconteceu no antigo Estádio das Antas, precisamente contra a equipa italiana, recheada de estrelas como Panucci, Costacurta, Baresi, Maldini, Desailly, Edgar Davids, Boban, Weah, Roberto Baggio e muitos outros que encantaram o futebol europeu.
A equipa portista de 1996/97 tinha muitos paralelismos com a atual. Desde logo um lateral-direito adaptado, como foi Conceição em cinco jogos da fase de grupos. Agora já foi Corona. E, apesar de no campeonato António Oliveira utilizar quase sempre Jardel ao lado de Artur, na Champions o brasileiro jogou quase sempre sozinho no eixo, a lembrar Marega na época atual. Mas há outros. E basta ler a coluna ao lado.