Na semana que viu o guardião Adán e o ala Porro somarem novos galardões pela prestação defensiva, O JOGO mostra-lhe como leões deixam rivais sem argumentos.
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Já quase sem surpresa, a Academia Sporting foi visitada esta semana pelos responsáveis da Liga, que ali entregaram a Adán e Pedro Porro os prémios de melhor guarda-redes e melhor defesa do mês de janeiro, respetivamente, o segundo galardão consecutivo para o guarda-redes e o terceiro para o ala direito.
É o reconhecimento dos treinadores, que em votação elegeram a dupla espanhola, parte de uma máquina bem oleada e que tem deixado os adversários grandes argumentos na hora de chegar à zona nevrálgica; não é por acaso que a formação de Rúben Amorim é a melhor "muralha" do campeonato, com apenas dez golos sofridos, mostrando saber controlar os jogos e ser contra surpresas.
O JOGO, como comprova a infografia anexa à peça, fez a análise da prestação defensiva do Sporting na prova supracitada, concluindo, pelo relógio, que os leões dificilmente são surpreendidos nas segundas partes: aliás, só três equipas - Gil Vicente, Famalicão e Rio Ave - conseguiram marcar aos verdes e brancos nesses períodos, sendo a do meio a única que o fez depois do minuto 75. O mesmo relógio também nos mostra onde reside o maior período de desorientação do líder, neste caso no último quarto de hora, pois é aí que sofre 40% destes dez tentos.
Há, de facto, números que nos atiram para muito mais análises positivas que nefastas, como por exemplo a forma como o Sporting sofre: numa dezena de golos, sete foram de bola corrida e os outros três de bola parada: o Famalicão - de novo - conseguiu ferir duplamente os lisboetas, primeiro com um livre indireto e depois na transformação de um pontapé sem interferências. A restante formação foi o Gil Vicente, neste caso por Lucas Mineiro, na visita a Alvalade.
Resta o "desde onde": dos dez golos encaixados, quatro passaram de perigo a ferida na pequena área, cinco no limite da grande área e apenas um fora do retângulo onde Adán tem jurisprudência. A fechar, o que menos expressa, a condição como o leão sofre: cinco golos em casa e os outros cinco fora.
"É essencial", garante o treinador
Rúben Amorim não tem dúvidas que a defesa é um pilar para um campeão que queira ser tratado como tal: disse precisamente isso, na antevisão ao jogo com o Portimonense. "Quando jogamos um campeonato é bom sofrermos poucos golos; porque quando temos jogadores talentosos - e mesmo não jogando tão bem - vencemos os jogos. A forma como se ajudam um aos outros, seja a defender ou a atacar é mérito deles. Mas sim, é um ponto essencial para se vencerem campeonatos", sublinhou.