Dias Ferreira fala do seu treinador e deixa escapar um "provavelmente" sobre Paulo Futre
Também candidato à presidência do Sporting, Dias Ferreira esteve presente no "Sporting Talks" e abordou diversos temas relativos às eleições de 8 de setembro.
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Candidatura de João Benedito: "Não faço nenhuma análise especial, tem o mesmo direito de se candidatar que têm os outros, desde que reúna as condições legais para o fazer. Pelos vistos até há quem se apresente sem ter as condições legais, portanto até dia 8 toda a gente tem o direito a dizer que é candidato. A partir do dia 8 veremos quem são".
Já são oito candidatos: "Faltam três para acabar uma equipa..."
Confusão nos sportinguistas? "Isso é com cada um... Se vai criar confusão é porque provavelmente não é claro naquilo que quer e pretende".
Qual será o seu treinador? "José Peseiro. Porque é o que lá está e respeito as decisões dos anteriores. Estou cheio, seja nos governos seja nos clubes, seja no que for, que entre um novo Presidente e que varra tudo e não aproveite ninguém. Quem tomou a decisão, tomou na altura que tinha de tomar, não há outras oportunidades para determinado treinador. O Sporting não podia ficar entregue, como outro clube qualquer de bairro ou coletividade, sujeito a um treinador que viesse um Presidente no dia 8 de setembro dizer «o meu treinador é este», e muito menos que durante a campanha eleitoral viesse dizer que o treinador não era aquele que lá está, não podia fazer uma coisa dessas. Acho que é um desrespeito extraordinário pela Comissão de Gestão estar agora a pôr em causa as suas decisões. A não ser que passasse os limites do que é normal aceitar. Mas aquilo que a Comissão de Gestão está a fazer merece respeito. Está a recuperar o plantel, o que é um trabalho difícil, só tem de ser apoiado e não perturbado. Temos de aproveitar é a lição que isto nos deu".
Diretor Geral para o futebol será Paulo Futre? "A seu tempo se saberá, mas sabem aquilo que eu penso sobre o futebol. Provavelmente".
Pontos fortes de Dias Ferreira para ser Presidente: "Aquilo que talvez alguns consideram que é um defeito: os cabelos brancos. Alguém que conhece o clube há muitos mais anos. Há pessoas que consideram um defeito, eu não considero. Considero que estou em condições de fazer a passagem para novas situações. Não permito, até pela idade, que me perpetue por muito tempo como presidente do Sporting. Aquilo que eu quero é fazer esta transição que é absolutamente necessária fazer, em que nós encontremos novas formas de governar e que certas coisas que têm acontecido não voltem a acontecer, porque o Sporting precisa de se modernizar e de evoluir. Estou a tentar reunir uma equipa completamente diferente do que é habitual. Vou procurar que temas que estamos a tratar aqui em poucas horas sejam os temas recorrentes quando for eleito. Que as pessoas da minha lista tenham preocupações não só de gerir o presente mas também com o futuro do clube, como os estatutos devem ser mudados, qual deve ser a relação entre o clube e a SAD, e muitas outras coisas, como a gestão financeira. Quero uma mistura de mais jovens e menos jovens para fazer esta transição".
Apologista de Bruno de Carvalho se candidatar? "Não sou apologista nem deixo de ser. A Comissão de Fiscalização tem de aplicar a lei e eles saberão como a aplicar. Tenho de confiar nos órgãos próprios. Não concordo mas respeito, cada um sabe de si".
Será o motivo dos jogadores que rescindiram não voltarem? "Pode interessar mas julgo que não é o fator decisivo. Isto tem limites, acho que os jogadores não estão a pensar no que se vai passar até 8 de setembro. Custa-me a acreditar que estejam a pensar se ele vai ser ou não candidato. Se estivesse no lugar deles não seria esse o fator decisivo. Talvez sejam os objetivos, os interesses dos jogadores, dos empresários, das famílias. Acho que eles pensam que o contrato que tinham já não vão ter. Não sei se é dinheiro ou não. Penso que são vários fatores. O que aconteceu foi um trauma grande, tenho dificuldade em julgar as pessoas por uma situação que não passei".