"Di María estava muito assustado, ao telemóvel como que a chorar..."

Leandro Paredes, colega de seleção de Ángel Di María, relatou esta terça-feira o estado assustado em que ficou o extremo do Benfica quando recebeu a notícia de que a sua família tinha sido ameaçada com tiros e um bilhete deixado à porta do bairro onde reside, nos arredores de Rosário, na Argentina. 

Em declarações ao canal TyC Sports, o médio argentino da Roma explicou que Di María ficou em lágrimas depois de tomar conhecimento dessa ameaça, numa altura em que ambos estavam numa concentração da sua seleção, nos Estados Unidos. 

“A verdade é que isto deixa-nos tristes, porque ele estava muito entusiasmado em voltar [ao Rosario Central no final da época], tal como a sua família. É um sonho que tem, mas com as coisas assim no país, será mais complicado. Ele merece terminar a carreira a jogar no seu clube, onde foi muito feliz”, lamentou. 

“Ele estava muito assustado, estava ao telemóvel como que a chorar com tudo o que ouvia. Ele estava na concentração comigo, eram sete ou oito da manhã e recebeu uma chamada de um familiar. Inicialmente voltei a dormir, mas ele começou a chorar, meio triste, sentado na sua cama, então levantei-me e ele contou-me o que aconteceu”, explicou. 

Os responsáveis pela ameaça, assim como nove outras pessoas, já foram detidas na Argentina, tendo sido desmantelado um gangue que é uma ramificação de "los monos", segundo Patricia Bullrich, ministra de segurança do país.