Águias defrontam o Famalicão no dia 11 de agosto
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Di María despediu-se de 2023/24 com a Copa América nos braços, no triunfo por 1-0 sobre a Colômbia, a 15 deste mês, cinco dias antes de Rui Costa ter anunciado, em Genebra, que estava garantida a continuidade do extremo no elenco da nova temporada. O camisola 11 seguiu de imediato para um período de férias, estando acertado com as águias que termine apenas no dia 7 de agosto e, se não optar pela antecipação, apresentar-se no seguinte. Desta forma, e mantendo-se estes prazos, Roger Schmidt não contará com Fideo para o arranque da época, dia 11, em Famalicão.
Significa esta informação também que o jogador, livre desde 30 de junho, adiou o sonho de terminar a carreira ao serviço do seu primeiro clube, o Rosario Central, para continuar na Luz por mais uma temporada. No final de contas, todas as ameaças que foram feitas à sua família, e a ele próprio, resultaram num afastamento que Di María assume ter sido muito doloroso.
Em entrevista ao jornalista Juan Pedro Aleart, do meio argentino “Rosario3”, Di María falou pela primeira vez dos momentos de pânico que a sua família viveu. “Houve uma ameaça no bairro dos meus pais e, ao mesmo tempo, houve outra ameaça na agência imobiliária da minha irmã. Era uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala na testa, e um bilhete que dizia que, se eu voltasse à Central, a próxima cabeça seria a da minha filha Pia. Depois, houve a ameaça da estação de serviço onde foram disparados os tiros. Qualquer empregado ou pessoa que lá estivesse na altura podia ter morrido ali, foi uma loucura. Não foi algo financeiro ou desportivo, foi mais do que isso, foram ameaças à minha família que ultrapassaram tudo. Foram meses horríveis, onde só pensámos e chorámos todas as noites por não conseguirmos realizar o sonho”, relatou, emocionado.
“Como posso pedir segurança quando há tanta insegurança em Rosário, como posso pedir isso quando o povo de Rosário é morto como se não fosse nada? É uma falta de respeito falar de segurança e de protocolos para mim quando o povo de Rosário não pode sair para trabalhar, não pode esperar o autocarro sem ser assaltado, é morto por causa de uma mochila. Tinha tudo pronto para voltar. Tomei a decisão depois de ter passado a primeira ameaça. Estava nos Estados Unidos com a seleção nacional e foi aí que disse que era impossível regressar, a 25 de março”, referiu.