Em seis jornadas, o FC Porto contabiliza apenas três golos sofridos, menos seis do que em semelhante período na temporada transata.
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A melhoria está à vista e os números não deixam enganar: nas seis jornadas já disputadas, o FC Porto sofreu apenas três golos, distribuídos por Famalicão, Marítimo e Sporting, um progresso acentuado em relação a igual período do ano passado, em que os dragões encaixaram nove golos que custaram duas derrotas.
Agora, com a baliza quase trancada mais a eficácia no ataque, o resultado são mais quatro pontos conquistados do que em 20/21 com o mesmo número de rondas. Importa ainda salientar que os três golos sofridos pelo FC Porto no campeonato perfazem o segundo melhor registo na "era Conceição", somente atrás de 2017/18 quando os dragões permitiram somente um golo.
Mais relevante é que isto acontece na sequência de um mês em que Sérgio Conceição testou várias fórmulas na defesa, fosse por opção ou por lesão, com constantes mudanças, exceto na baliza. A equipa tem-se mostrado imune às alterações e a estabilidade do setor defensivo nesta fase inicial é evidente. E, mesmo na Liga dos Campeões, os portistas mostraram a mesma competência ao sair de Madrid sem sofrer qualquer golo.
De uma época para a outra, houve mudanças a registar no setor mais recuado. Diogo Costa, que atravessa um excelente momento, ganhou a titularidade a Marchesín, que, além de ter começado mais tarde a pré-época, lesionou-se ainda em agosto. Em termos da composição do quarteto mais recuado, João Mário ultrapassou Manafá pela vaga no corredor direito e, para o lado esquerdo, foi contratado Wendell. Pepe e Mbemba continuam a formar dupla - Marcano rendeu o capitão, lesionado, frente ao Moreirense - e esse é um dos pontos que pode justificar a melhoria estatística: os laterais vão rodando, mas o eixo permanece estável, ajudando Diogo Costa na missão conjunta de manter a baliza azul e branca inviolada.
Já passaram cinco pela esquerda
Sérgio Conceição só repetiu o quarteto defensivo em três jogos da presente temporada (Marítimo, Arouca e Sporting) e, nos outros quatro, as alterações surgiram maioritariamente nos corredores. Do lado direito, só Corona "sentou" João Mário - fê-lo contra o Atlético de Madrid -, mas, à esquerda, tem existido uma espécie de carrossel. Zaidu foi titular no primeiro jogo, seguindo-se Manafá. Depois, Marcano foi adaptado e ainda estabilizou, antes do regresso de Zaidu ao onze, na Champions. Ante o Moreirense, Wendell estreou-se a titular, mas João Mário acabou na canhota, após a saída do brasileiro.