Daniel Sousa: "Schmidt? Para mim o treinador é dentro do grupo, na semana trabalho"
Declarações de Daniel Sousa, treinador do Arouca, na antevisão do jogo com o Benfica, a contar para a 33.ª jornada da Liga Betclic e agendado para as 18h00 de domingo, no Estádio da Luz
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Arouca não marca não Benfica desde 2018: “São registos da história de encontros, que pouco importa para os momentos das equipas, seja agora, seja para trás. O que interessa é como encaramos este jogo como todos os outros e vamos procurar os três pontos, até porque ainda temos um objetivo que ainda podemos alcançar, difícil, bastante difícil, mas ainda procuramos atingir - que é o sexto lugar.”
Avaliação do Benfica e que imagem quer deixar: “O que importa, e me interessa como treinador, é que eles apresentem a personalidade apresentada ao longo da temporada, mesmo quando as coisas não correram tão bem. A identidade da equipa sempre esteve presente e quando eu digo que não correram tão bem, refiro-me aos resultados que não apareceram da forma como desejávamos. O Benfica já não pode atingir mais objetivos esta época, obviamente que há todo um processo que pode ser feito já no sentido da preparação da próxima época, que imagino que possa já estar a ser feito ou não, porque o objetivo é sempre os três pontos, é o último jogo em casa também, será a despedida do Estádio da Luz, por isso tem toda essa importância.”
O Arouca poderá perder mais jogadores, além de Mujica? “Isso é a lei do mercado, e quando há manifestação de qualidade, obviamente que a procura aumenta...naturalmente pode aparecer, agora isso já são assuntos que me ultrapassam, mas se houver esse interesse é bom sinal para o Arouca, é bom sinal para a equipa, é bom sinal para os jogadores também, pelo o que fazem em campo, pela personalidade e a identidade que têm mostrado, para além da qualidade individual, obviamente, que é fulcral, tudo isso dá frutos quando metido lá dentro em campo.”
O facto de não poder utilizar o Mujica e colocar um novo elemento, Marozau, vai interferir de alguma forma na tendência ofensiva? “Não, porque eu acho que o último jogo foi um bom exemplo de que isso não afeta. Sabemos da qualidade do Rafa [Mujica], fará falta, obviamente, porque todos os jogadores fazem falta, e sobretudo quando têm a qualidade, por aquilo que apresentou ao longo da época. Mas apresentámos frente ao Estrela da Amadora soluções, soluções distintas, mas com a mesma capacidade para chegar aos sítios onde queremos. O resultado não foi o expectável, mas foi um jogo, para mim, em que tivemos maior controlo, e não estou a falar de termos muita bola, estou a falar de controlo do jogo efetivo, de não concedermos muitas oportunidades, o que concedemos foi transições, naturalmente, da forma como tivemos a bola, mas todo o jogo foi semelhante em termos daquilo que o adversário nos apresentou, que foi o do Casa Pia, e não conseguimos criar tanto o jogo como neste aqui.”
Poderá tirar dividendos da contestação a Roger Schmidt? “Acho que não. Sabemos da dificuldade pela qualidade do adversário. Quando se tem aspirações em ser campeão tem de se ganhar praticamente todos os jogos. Sabemos da dificuldade por isso, e essa dificuldade vai lá estar presente, seguramente, não é pela mais ou menos, ou o que for. O treinador, já disse isso em relação a mim, em outras situações também menos interessantes, tem o impacto que tem, e para mim o treinador é dentro do grupo, é na semana trabalho, e não creio que isso afeta dessa forma.”