ENTREVISTA (Parte 2) - Max treina-se em casa, onde passa o tempo com a namorada e o cão. Sente que o "cativeiro" o impossibilita de fazer treino específico de baliza, mas a preocupação agora é seguir as recomendações.
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A Europa observou pacientemente o flagelo do coronavírus na China durante meses e, agora que cá chegou, a opinião geral é de que podia ter sido prevenido. Max é mais um com essa visão.
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Como está a viver esta situação de isolamento?
-É um bocado estranho, não podemos treinar, nem sair de casa. Temos planos para cumprir que o Sporting nos deu, mas claro que nunca é igual a treinar. Estamos a preparar-nos da melhor forma, temos de ser rigorosos, mas claro que não é igual a treinar. É uma situação diferente e acho que ninguém estava preparado.
A contenção social devia ter começado antes?
-Sim, acho que quando surgiu... antes de aparecer o primeiro caso em Portugal devíamos ter cortado tudo. Não devíamos ter deixado chegar cá o primeiro caso.
Não se deu crédito quando surgiram as primeiras notícias do surto na China?
-Não estou a par de tudo, nem quero ter a cabeça só nisso, mas sim. Acho que podíamos ter feito melhor.
Como vão ocupar o tempo? Os exercícios não chegam para um período indeterminado de isolamento...
-Temos de fazer o que nos mandaram, como temos tempo até nos podemos exceder. O resto do tempo vou passar com a namorada em casa, e o cão. Não podemos nem queremos sair, não quero arriscar e entrar em situações complicadas. É esperar até passar e espero que seja rápido.
Em isolamento em casa, gostava de ter visto medidas mais duras e assertivas do governo em antecipação à chegada da pandemia a Portugal. Agora, resta-lhe ter cuidado
Fez testes?
-Não. Não conheço ninguém que tenha apanhado a doença. Mal houve oportunidade ficámos todos em casa e estamos agora isolados.
Estão preparados para aguentar esta situação durante quanto tempo?
-Não sei... estamos em contacto com os responsáveis do Sporting que estão a gerir esta situação internamente, quando for necessário vão atualizando os exercícios para estarmos preparados quando isto acabar.
Como guarda-redes, como o afeta o impedimento de treinar com o grupo no relvado?
-Até acho que pode ser a posição mais afetada. Os jogadores de campo podem correr, mas eu não me posso atirar para o chão aqui dentro de casa. É uma posição muito específica e não consigo fazer os meus exercícios de baliza em casa, não consigo fazer nada de específico, o treino é diferente e pode ser a posição mais afetada. Não é igual a atirar-me para o chão, a agarrar uma bola num remate...