"Conheci Gyokeres muito antes de ele chegar a Portugal, não tenho boas memórias"
O técnico recordou quando o sueco fez três golos ao Fulham, clube no qual trabalhava
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Hugo Oliveira puxou a fita atrás, até 2021/22, quando era treinador de guarda-redes do Fulham, para falar de Viktor Gyokeres, melhor marcador do campeonato, com 27 golos, definindo-o como um “avançado impactante”. “Conheci-o muito antes de ele chegar ao futebol português. Foi em Inglaterra, onde levei com ele diretamente. Não tenho boas memórias”, recordou, referindo-se aos duelos frente ao Coventry City, no segundo escalão do futebol inglês. “Perdemos com o Coventry fora, com dois golos dele, em casa também saímos derrotados por um golo dele.”
Apesar das qualidades de Gyokeres, o técnico dos famalicenses vincou que o futebol é um jogo “coletivo”. “A bola tem de lhe chegar e tem de estar em condições para fazer o melhor”, assinalou, acrescentando que um jogador deste nível “é bom” para o futebol português. “É positivo também para nós, para nos testarmos contra os melhores.”
Sem revelar os ingredientes, Hugo Oliveira afirmou ter preparado o antídoto para travar o jogo de força e potência do atacante sueco, de 26 anos, em Alvalade. “Sabemos o que é que temos de fazer”, rematou, sem mais explicações.
“É um bom desafio para nos testarmos”
Hugo Oliveira perspetivou um jogo “extremamente difícil” para o Famalicão em Alvalade, diante do campeão nacional, Sporting. “Esperamos muitas dificuldades perante um adversário que luta todos os jogos para ganhar e tem essa obrigatoriedade. Sabe que esta liga será decidida ponto a ponto, não pode sequer facilitar”, vincou, sublinhando que um rival deste calibre é um bom teste à equipa: “É um bom jogo para nos testarmos e lutar pelos pontos, não deixando de desfrutar do jogo”.
Apesar da valia dos leões, o técnico prometeu um Famalicão fiel à identidade. “Temos uma forma de estar pragmática e é nisso que acreditamos. Vamos olhar para os nossos princípios”, assinalou, descrevendo a sua equipa como “coletivamente forte”. Ainda assim, para os minhotos saírem de Lisboa com um bom resultado, o grupo tem de ser solidário: “Vamos estar mais fortes se formos o Famalicão que preconizamos, que olha para a baliza do adversário, mas que é sólido quando não tem a bola”.
O treinador, no cargo há três meses, tem gostado do que tem visto, reiterou que “ainda há muito para fazer” e deixou uma garantia. “O Famalicão não é nem vai ser uma equipa que queima tempo, que atira bolas para o campo, que manda o guarda-redes cair. Individualmente, extraimos o melhor de cada um, para que todos possam sentir a mesma coisa e tomar as melhores decisões em prol do coletivo”, vincou Oliveira, que explicou o desafio que a SAD minhota lhe colocou. “Não me foi pedido nenhum objetivo quantitativo, o que me foi pedido foi para desenvolver a equipa e os atletas. É o projeto em que acredito e é um clube que sabe para onde quer ir”, concluiu.
Cinco nomes aumentam debandada na pausa
Para além de Pedro Bondo e Otso Liimatta, que foram chamados por Angola e pelos sub-21 da Finlândia, respetivamente, mais cinco jogadores foram requisitados para a pausa FIFA: Sejk (Chéquia, sub-21), Otar Mamageishvili (sub-21, Géorgia), Rodrigo Pinheiro e Gustavo Sá (sub-21, Portugal) e Topic (Sérvia).