Companheiro de Bernardo Silva nos juvenis do Benfica, o extremo que silenciou a Luz está habituado a grandes palcos. A estreia na liga espanhola, pelo Corunha, foi contra o Barcelona.
Corpo do artigo
A hábil receção ao lançamento de David Bruno e o toque espontâneo, por cima de Bruno Varela, a fixar o primeiro golo do Tondela, numa noite fenomenal para os beirões no Estádio da Luz, fizeram Norton de Matos viajar de imediato até 2016, quando estava ao comando do União da Madeira e trabalhou durante seis meses com Miguel Cardoso, reforço de inverno dos madeirenses, por empréstimo do Corunha. "Respira confiança", sentencia o treinador. Com um currículo rico em experiências multifacetadas, o jovem extremo depressa se mostrou nos treinos e só não pegou de estaca na equipa porque concorria com Amilton, Danilo Dias e Toni Silva, "todos mais experientes". Deixou, porém, saudades a Norton de Matos. "É daqueles que dá sempre vontade de voltar a treinar. Nunca se esconde", refere.
9292853
Graças a esse atrevimento, Miguel Cardoso teve mesmo a oportunidade de se estrear no principal campeonato espanhol em pleno Camp Nou, contra o Barcelona de Messi e companhia. Suplente utilizado no segundo tempo, o ala português mexeu com o ataque do Corunha e acabaria por ficar associado a um surpreendente empate (2-2). Companheiro de Bernardo Silva (Manchester City) e Ricardo Horta (Braga), entre outros, na formação do Benfica, tentou a sorte no Casa Pia e seria já com as cores do Real Massamá que despertaria a atenção do Corunha em 2013, para atuar inicialmente pela equipa B. Terá sido uma precipitação do Benfica a sua saída em 2011? "Alguns jogadores precisam de sair para se afirmarem. É um jogador intenso, sem medo. Só não beneficia do contexto competitivo do Bernardo Silva, por exemplo", aprecia Norton de Matos.