Órgão jurídico independente vai escrutinar palavras do líder portista após jogo no Estoril
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As duras críticas tecidas por Pinto da Costa à arbitragem de António Nobre no Estoril-FC Porto (0-1) vão ser alvo de análise por parte de uma comissão jurídica independente, que, posteriormente - talvez quinta-feira -, enviará ao Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol um parecer sobre as mesmas. A partir daí, caberá ao organismo federativo a decisão de abrir, ou não, procedimento disciplinar relativo às declarações do presidente dos dragões.
Trata-se de uma nova forma de atuar instaurada pela APAF após a recondução de Luciano Gonçalves para novo mandato na liderança da associação. Anteriormente, em situações do género, era o próprio organismo que avançava diretamente com participações para o Conselho de Arbitragem.
Pinto da Costa, recorde-se, visou não só António Nobre, remetendo para a “má imagem deixada” pelo juiz no recente Espanha-Brasil, mas também Tiago Martins, VAR do duelo entre dragões e canarinhos. “Já com o Gil Vicente nos fez perder um campeonato. Tem a fama de ser o melhor VAR, mas em vez de estar preocupado em fazer campanha, como fez no Dragão pelo senhor Fontelas Gomes, devia preocupar-se em arbitrar, ser correto e não falsear resultados como os de hoje [anteontem]”, afirmou o líder portista, apontando o dedo ao próprio Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem.
Em relação a Wendell, que foi travado por um dos árbitros assistentes após o apito final - que o lateral acabou por empurrar -, em princípio não será alvo de qualquer medida disciplinar visto que o relatório de António Nobre não terá feito referência ao incidente.