"Com Akturkoglu, Pavlidis, Schjelderup e Prestianni criámos uma equipa para o presente e para o futuro"
Rui Costa, em entrevista à BTV, fala das movimentações de mercado do Benfica na janela de transferências de verão em 2024.
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Os golos de Pavlidis: "Fez mais golos na pré-temporada do que em jogos oficiais, mas isso não impede que tenha tido prestações altíssimas, tanto a nível individual como para a equipa. Tem sido de grande sacrifício, mostrando muita qualidade, e os golos vão aparecer naturalmente, já que sempre fez golos ao longo da sua carreira. Havia necessidade de ter um ponta-de-lança com uma média de golos mais elevada do que no ano passado; isso não significa que os que estavam não tivessem qualidade, mas havia necessidade de ter um jogador com características diferentes. Ele estava referenciado há muito tempo, mas, devido aos valores de mercado, não conseguimos chegar a um acordo antes. Aproveitámos esta oportunidade este ano e estamos muito satisfeitos com ele, assim como com a dupla de avançados, ele e o Arthur. Neste último jogo, produziram dois golos. Já era muito referenciado e estamos muito satisfeitos. Tínhamos muita convicção nas qualidades deste jogador."
A contratação de Akturkoglu: "Chegou nos últimos instantes do mercado, mas não deixa de ser um jogador já visto e referenciado muito antes. Ele só chegou no último dia por causa das novas leis da imigração e de tudo o que está envolvido nesta situação. Isso se entrelaça muito com o que disse sobre Neres. Perdemos Neres, um jogador criativo que privilegiava muito mais jogar pelo lado direito. Entendemos que precisávamos de um jogador criador, desequilibrador, mas com maior preponderância para atuar em mais de uma posição. Nos três jogos que fez, deixou a sua marca em todos, e esperamos que continue assim. Isso também vai ao encontro do equilíbrio do plantel; sentíamos que tínhamos menos criadores do lado esquerdo do que desejávamos. Tínhamos Fred, que jogava nesse flanco, e libertámo-lo para outras missões. Temos também Schjelderup, em quem apostamos muito, mas entendemos que não é o caso de lhes dar a responsabilidade, como ao Prestianni, que não têm a obrigação de serem já responsáveis pelo sucesso da equipa. Com estas medidas, em termos de projeto desportivo, criámos uma equipa para o presente e para o futuro, com jovens jogadores que irão chegar lá, mas que não têm, desde já, a responsabilidade de serem os 'abre-latas' da equipa."
As contratações de Beste e Leandro Barreiro: "Um dos problemas que tivemos no ano passado, e que foi bem identificado, foi nas laterais; era necessário completar as nossas laterais. Ficámos com Álvaro Carreras, que cada vez mais se está a afirmar e vai ao encontro do que já conhecíamos. Era preciso mais um jogador, e apontámos em Beste o jogador ideal: um lateral muito ofensivo. Pena que ele teve logo uma lesão que condicionou o seu desempenho, mas temos muita confiança nele e ele tem as características que procurávamos para completar essa posição. No ano passado, terminámos a época com três médios de raiz. Já conhecíamos Beste há muito tempo; ele iria ficar livre, antecipámo-nos, falámos com ele e tivemos facilidade, não só porque o queríamos, mas porque ele queria muito vir para o Benfica, já que tem raízes portuguesas e uma grande paixão pelo clube. Foi uma contratação fácil neste sentido; é um jogador para o plantel e vinha completar o setor do meio-campo, que era uma área onde queríamos estar mais apetrechados."