Colombatto: "Episódio com Pepe foi um momento duro e triste, mas ficou resolvido"
Colombatto trocou o Famalicão pelo Oviedo, após ter sido um dos grandes nomes dos minhotos em 2022/23. Recordou agora o episódio complicado com o central; Durou uma época em Portugal e está atento ao Famalicão-FC Porto. Viveu quatro duelos com os dragões em 22/23, e num deles foi acusado de racismo.
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Revelação na Liga de 2022/23, Colombatto já conquistou igual destaque em Espanha, onde as exibições pelo Oviedo o apontam ao patamar mais alto do futebol espanhol, após 14 jogos. O centrocampista esteve emprestado pelo Club Léon do México, gorando-se a continuidade no Famalicão, onde foi um dos mais utilizados, formando parelha com Zaydou Youssouf. O argentino, que disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio e esteve num Mundial sub-20, acompanhando vários campeões do mundo, como Montiel, Foyth, Lisandro Martínez, McCallister ou Lautaro Martínez, realizou 43 jogos em Portugal, assinando cinco golos e juntando-lhes sete assistências.
Ficou marcado por um jogo na Taça no Dragão, acusado por Pepe de racismo. “Esse foi um momento duro e triste, mas ficou resolvido, claro! Nada tenho contra Pepe, um grande jogador e uma referência mundial”, confessou, consciente das dificuldades que batem à porta na receção ao FC Porto, ele que viveu quatro confrontos com os dragões, com saldo de quatro derrotas e um parcial de 6-13 nos golos. “Todos sabem o que significa o FC Porto, a sua dimensão. É um grande de Portugal mas contra o qual o Famalicão faz sempre bons jogos. Espero que seja assim, que se volte a haver muita luta!”, disse, elogioso para o que viveu no clube minhoto.
“Foi um ano fantástico a nível pessoal, de muita aprendizagem, e o Famalicão fez-me crescer. Guardo um carinho enorme pelo clube, que me deu a oportunidade de voltar a mostrar-me na Europa”, aclarou, reconhecendo a vocação dos minhotos como montra de talentos.
“É um projeto muito importante, porque é um clube com poucos anos de 1ª Divisão. Contrata grandes jogadores, aposta neles jovens e ajuda-os a afirmarem-se num cenário muito competitivo. É um trabalho de muita gente, mas começa no presidente, que gosta de contratar bem e sabe exportar o talento”, ilustrou Colombatto, esperando que o Famalicão faça história em Portugal. “Sigo os resultados e sei que a equipa está bem. Continua a ter grandes jogadores e tem um bom treinador para fazer algo grande na Liga”, revelou.
De Zaydou a Jaime
O argentino gabou ainda as qualidades de Zaydou, seu parceiro no miolo em vários jogos. “É um dos melhores médios em Portugal, é muito forte fisicamente, mas também tem uma capacidade técnica tremenda. Espero que seja um grande ano para ele”, atirou, esperando ver em ação outro amigo do lado oposto: Iván Jaime. “Era o nosso melhor jogador e irá certamente triunfar no FC Porto. Teve azar com a lesão, há ainda o tempo de adaptação, mas quando chegarem as oportunidades não as vai desaproveitar. Tem muito talento e tem muito para dar ao FC Porto. Oxalá tudo lhe corra pelo melhor!” sublinhou o argentino.
Inspirado por Santi Cazorla
No Oviedo, Colombatto respira a história dos asturianos e tem a companhia de uma referência do futebol espanhol, Santi Cazorla. “Estou num clube histórico e num projeto ambicioso, que aponta a coisas importantes. Quero ajudar a que sejam concretizados os objetivos. Estar com Cazorla é um privilégio. Desfruta-se todos os dias treinando ao seu lado. Faz-nos render o máximo e cria-nos ilusões. Ajuda muito os jovens como uma referência”, reconhece o argentino. “Estou a preparar-me para chegar mais à frente, tenho o propósito de dar esse salto, é algo que busco há muito tempo”, assegurou.