"Clube português na final da Liga Europa? É sempre possível"

Que dificuldades são expectáveis? "Muito feliz de estar cá e de termos o primeiro jogo em casa. Isso tem importância acrescida para nós, termos o apoio dos adeptos, sentirmos a união e força deles. Relativamente ao adversário será difícil, é uma eliminatória difícil de enfrentar por haver um desconhecimento geral, não nosso, que tivemos oportunidade de ver ao vivo e estudar. Falta um conhecimento profundo de quem nos rodeia e isso gera uma expetativa que o jogo se tornará fácil. É um adversário com qualidades, foi vencedor da Taça, tem qualidade na frente e velocidade nos contra-ataques. É já um desafio para nós que fomos mostrando nesta pré-época como queremos jogar e nos apresentar em campo. Temos de estar unidos, ser equipa, isso é o mais determinante para levar de vencido este rival."

Nesta altura tão precoce, que grandes desafios sente o treinador ao enfrentar já a obrigatoriedade de vencer e fazer entrar o Braga na Liga Europa? "As dificuldades surgem, sobretudo, do contexto em que o jogo aparece. A motivação vem de querermos começar a fazer as coisas, e a fazer bem. Mas é um processo que vai demorar o seu tempo, até final da época há sempre coisas a melhorar. Todos os jogos são para ganhar e servem para aferir sobre conteúdos que temos de trabalhar continuamente. O grupo está preparado para o desafio, temos de ganhar, de procurar a vitória, sabendo, de antemão, das dificuldades que vamos encontrar."

Quem tem vantagem para jogar amanhã: Banza ou Ouazzani? "O Banza começou um jogo na pré-época mas foi por uma gestão, tentámos dar o máximo de minutos a todos e o Banza chegou mais tarde que a maioria. Logo houve uma diferente gestão para ele. A análise de jogar ou não jogar nada tem a ver com as opções feitas, que se basearam numa gestão física da condição de todos. Mais importante do que quem vai jogar, é o entrosamento que estamos à procura na nossa equipa, isso é que vai levar a decisões do onze que vai estar em campo.

Pelo historial do Braga na Liga Europa, já se sente um pouco da pressão? "Não! Estamos a falar de uma equipa, de um clube, de jogadores habituados a este tipo de pressão, da necessidade de se vencerem todos os jogos. Estamos cá para isso, seja nesta qualificação, seja para a Liga. Vai haver sempre essa pressão de ganharmos todos os jogos."

Este novo formato de competição acho que pode alimentar o sonho de algum clube português voltar a ser finalista da Liga Europa, como já o foi o Braga? "Vai ser um desafio grande para todas as equipas, o Braga tem três adversários para chegar à fase de grupos, vai ser difícil para todos, pela densidade de jogos pela frente. É um desafio grande para os jogadores pelo esforço a desenvolver, para os treinadores pela forma como vão ter de gerir todo esse esforço e colocarem sempre em campo uma equipa para vencer em todas as frentes. Mas em Portugal temos competência, todas as equipas portuguesas já o demonstraram mais de uma vez. É sempre possível."

Questões físicas no centro da defesa: "Na pré-época é normal que surjam situações de ordem física, geralmente musculares por causa das cargas. Tivemos a infelicidade do Paulo Oliveira, uma contusão, algo mais atípico e não tão controlável. Foi um problema mas para todos os efeitos quem está, tem apresentado resposta. Estamos muito satisfeitos com aqueles que estão disponíveis para amanhã."

Satisfeito com o nível atual dos reforços? "Há sempre dificuldades de adaptação, cabe-nos gerir a forma como se vão integrando todos. Há questões de ordem técnica, social, por ser mais difícil a integração de algum, o nosso trabalho é acelerar processos. Por vezes não é tão rápido, noutros casos é quase direto e não temos de nos preocupar."

E o plantel já é o que idealizou para ir à luta? "Estou bastante contente com o que temos. Para o que fomos procurar, encontramos as soluções. Mas sabemos como funciona o mercado, aberto ao longo de agosto. Daí as dificuldades que um treinador tem para encontrar todos os equilíbrios."