Chastre brilha após o calvário: "Foi difícil arranjar um clube e treinei sozinho"
Partiu o escafoide quando estava no Mafra, em 2019/20, e à custa disso esteve um ano sem clube. Portuenses deram-lhe a mão e o jogador, 28 anos, só tem a agradecer. Subida à Liga 3 é o objetivo
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Foi como de um golo se tratasse. O Salgueiros vencia o Valadares por 2-1 e no último lance da partida Rodolfo cometeu grande penalidade. Assis, que já tinha marcado aos três minutos na marca dos onze metros, avançou, mas Chastre defendeu e deu a vitória ao líder da série C do Campeonato de Portugal, que tem os mesmos pontos do Leça (22).
"Foi como se tivesse marcado. Só não corri à volta do campo, porque não deu para mais", conta, a O JOGO. "O jogador do Valadares bateu para o mesmo lado do primeiro penálti e tive a felicidade de acertar", completa.
Para trás ficou uma lesão grave e uma temporada inteira sem clube. "Parti o escafoide (osso na mão) quando estava no Mafra [2019/20]. O médico deu um prazo de recuperação curto, no entanto só tive alta na segunda volta da época anterior. Foi difícil arranjar um clube e treinei sozinho", recorda.
A porta do Salgueiros abriu-se no defeso anterior e Chastre só tem a agradecer. "É um clube com uns adeptos fantásticos, que têm ajudado muito na nossa caminhada de tentar subir à Liga 3. O Salgueiros acreditou no meu potencial e aceitei logo o convite", explica.
A dar nas vistas na baliza do emblema de Paranhos, o jogador, 28 anos, assume que a vontade no futuro é "voltar aos patamares profissionais". Por agora, aproveita o regresso às boas exibições. "Os meus colegas disseram-me que eu tinha que ter uma oportunidade para brilhar. O Rodolfo disse em tom de brincadeira que tinha feito o penálti de propósito para eu me destacar", sorri, numa história para contar mais tarde.
"Já tinha defendido alguns penáltis, mas não me lembro de um no último lance do jogo", termina.