O treinador, que batera com a porta na primeira passagem pelo cube minhoto, viu agora ser-lhe colocado um ponto final no percurso, pelos maus resultados recentes do Moreirense
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César Peixoto já não é o treinador do Moreirense. O técnico de 44 anos não resistiu à derrota com o Famalicão, por 2-0, e viu esvaziar num ápice o balão de oxigénio que recebera da vitória sobre o Casa Pia, na jornada anterior. Ainda por garantir está o sucessor.
Na manhã de segunda-feira, longe de imaginar que estava a ter a última atividade no clube, César Peixoto ainda orientou o treino de recuperação mas, pouco depois, foi informado que estava dispensado. Um despedimento mais tarde oficializado pelos cónegos através de um comunicado. “A Moreirense SAD informa que iniciou negociações com o treinador César Peixoto para a cessação, com efeitos imediatos, do contrato de trabalho desportivo que vigorava desde o início da época”. Ao final da noite, as partes continuavam a negociar a rescisão do vínculo, que aponta para um desenlace por acordo mútuo.
Após 23 jornadas, com sete vitórias, cinco empates e onze derrotas, que resultam num pecúlio de 26 pontos, menos 12 que os 38 da época passada em igual número de jornadas, César Peixoto acabou despedido na segunda passagem pelos cónegos. Curiosamente, quando substituiu Ricardo Soares, na primeira experiência, em 2020/21, esteve apenas cinco jornadas no comando técnico e acabou por bater com a porta, por alegada ingerência no trabalho. Na altura, só quis receber até ao último dia em que trabalhou e Vasco Seabra, atual treinador do Arouca, concluiu a temporada.
A dispensa de César Peixoto não é um cenário que surpreenda face à habitual ditadura dos resultados e também se explica por serem apenas seis os pontos de vantagem para o lugar de play-off, cuja disputa acabou por ditar a descida em 2021/22.