Declarações da árbitra Catarina Campos, à margem do Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol
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Futuro da arbitragem: "Vejo com entusiasmo e também espero que este Summit seja uma oportunidade para explanarmos algumas ideias e quiçá conquistarmos alguns jovens para esta classe. Representou a AF Lisboa e lanço esse desafio".
Arbitrar é um trabalho de mudança constante: "Sim, o IFAB tem introduzido novas alterações praticamente todos os anos e os árbitros têm de estar sempre atualizados, educando os atletas ou comunicação social para as mudanças constantes para o desenvolvimento do futebol. Esse é um desafio, este ano não foram assim tantas mudanças, mas são regras para termos cada vez mais tempo útil de jogo e um futebol mais agradável".
Principal aliciante para alguém ser árbitra? "Acima de tudo é a possibilidade de ter uma carreira transversal ao futebol numa outra vertente muito viável e que faz todo o sentido. Precisamos muito de árbitros e árbitras, o futebol está em evolução constante, o futebol feminino também, e infelizmente a arbitragem não tem tido a capacidade de recrutamento num meio em desenvolvimento constante, com cada vez mais equipas, e urge essa necessidade de angariar árbitros. E também responsabilizar quem está do outro lado, são essas as pessoas que dificultam esse trabalho de recrutamento e retenção, porque o papel do árbitro não é fácil. A nossa cultura desportiva não facilita esse recrutamento e não é fácil mostrar aos jovens que ser árbitro vale a pena, que somos uma família e fazemos coisas bonitas no futebol. Vamos tentar apelar a esse papel de responsabilização para quem está do outro lado poder encarar a arbitragem com mais respeito, tolerância e perceber que quem está deste lado, os árbitros, dão o seu melhor de uma forma imparcial, responsável e competente. É sobre isso que vamos tentar falar, da responsabilização do público".