Carlos Vicens, de António Salvador a Carlos Carvalhal: "Fez um trabalho fantástico"
ENTREVISTA, PARTE IV - Relação com António Salvador foi posta à prova com sequência de resultados críticos, mas sem qualquer ferida aberta
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O presidente tem a reputação de ser um pouco impulsivo em momentos críticos. Sentiu alguma faceta menos amigável no ciclo negativo de resultados?
-Vi o presidente bastante estável, mas, é claro, se os resultados não são positivos, não pode estar contente. Vi nele proximidade, vontade de estar comigo e com os atletas. Vi a vontade de transmitir seriedade e serenidade, confiando que tudo vai mudar para melhor. É óbvio que temos de ter muitos menos dias maus. Ele é o primeiro a elevar a exigência, a fazer-nos trabalhar a cada dia para melhorarmos. Não o vi nada distante e nós, por outro lado, estamos conscientes do que temos a melhorar.
Sente estar blindado para longo prazo?
- Nunca se colocou em dúvida essa ideia. O que acontece muito rápido, desaparece rápido. O que é alcançado com tempo, tende a perdurar. Projetos com êxito nunca foram efémeros, tiveram a sua gestação.
Carlos Carvalhal: trabalho fantástico
Apesar do assumido respeito, não se deram conversas com o antigo técnico do Braga para preparar terreno.
Falando do nome de Carvalhal como seu antecessor, como alguém que já passou por Inglaterra e Espanha, procurou algum conselho sobre a realidade de Braga?
-Não pude falar com Carvalhal, mas tenho profundo respeito por ele, pelo trajeto de muitos anos. Fez um trabalho fantástico no Braga e tem a sua experiência internacional em Espanha e Inglaterra, onde demonstrou sempre capacidade tática, inteligência, sendo capaz de ir a cada local e sacar rendimento dos seus atletas.