Crítico em relação à arbitragem, Bruno Lage sublinhou ainda que a equipa merecia outro resultado
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Como avalia a prestação da equipa?
— O resultado não era o que queríamos, mas a equipa teve uma boa entrada no jogo. Na primeira parte, criou imensas oportunidades de golo, entrou com confiança, com respeito pelo adversário. Não percebemos ter chegado ao intervalo com outro resultado. O Arouca entrou bem na segunda parte. O Trubin tem, pelo menos, uma boa defesa e a equipa soube reagir. Continuámos a jogar, por dentro e por fora. O Arouca controlou muito bem os espaços interiores, ofereceu-nos a largura. É com mérito que chegámos à vantagem. Sofremos o empate através do penálti, tentámos refrescar na frente. Fizemos o 2-1 e continuámos com oportunidades, por exemplo, o lance do golo invalidado ao Schjelderup. Podíamos ter controlado o jogo e defendido melhor o último lance. Ficou 2-2, estou aqui para assumir o empate. Faltam cinco jogos e temos de encarar isso dessa forma.
É a terceira vez que o Benfica conquista a liderança a deixa-a fugir. Está a ser incapaz de lidar com a pressão?
—Não. Faço as contas com os pontos que temos que vencer e, depois, chegar ao fim e vencer o campeonato. Podíamos ter outro resultado, não conseguimos e agora é vencer o próximo jogo.
Os casos da arbitragem podem fazer a diferença na atribuição do título?
—O que tenho para dizer é o que digo desde 2019: o VAR é fundamental para ajudar os árbitros, mas não podemos ter critérios diferentes. Quando o chamamos é porque há dúvida e temos que analisar da melhor forma. O que não quero ver no dia seguinte são opiniões nos jornais a dizer que afinal não era penálti o que foi assinalado.
Esperava a equipa com uma atitude mais forte? Igual à que teve frente ao FC Porto?
—Não. Os jogos são assim, difíceis, e o Arouca é uma equipa de enorme qualidade. Sabe defender, atacar, obriga a equipa a correr. O Benfica entrou forte, entrou determinado, mas não vamos estar a vencer por 2-0 ou 3-0 aos 15 minutos em todos os jogos. Merecíamos outro resultado. Não tivemos. Sofremos golo e temos que olhar para a forma como o sofremos.