Bruno Lage fez a antevisão ao encontro desta segunda-feira com o Marítimo
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Falta de ritmo de alguns jogadores que jogaram na Alemanha: "O pouco ritmo é a sua opinião. Se assim fosse nunca teria colocado há três meses o Félix. De um momento para o outro, estamos só a falar do nosso capitão o Jardel e do Fejsa. Quando se lesionou parecia que já não havia equipa sem Fejsa e o mesmo com Jardel. E na mesma altura o Tino e o Ferro passam a ser os melhores. Tem que haver um ponto de equilíbrio enquanto treinador mas também enquanto homem e ser humano. O Jardel fez 250 jogos no campeonato, a maior parte com a cabeça ligada, o Fejsa quantas vezes jogou lesionado, com o dedo do pé partido. É quase como vocês terem quase 20 anos de carreira, depois chega um indivíduo mais novo assina dois ou três textos bons e vocês já não contam para nada e aquele indivíduo que fez dois textos bons é que conta. Não contem comigo para isso. A partir de agoira vou olhar para o rendimento, as nossas cinco finais, e vou tomar as melhores decisões para o Benfica, mas não poderia abandonar estes dois homens. As minhas decisões sempre foram em função do rendimento mas não é o de ontem. O rendimento é o João fazer golos consecutivamente e quando passa sem fazer já não é o mesmo. Este rendimento é de olhar para o que acontece no momento. Mas não podemos esquecer o percurso de cada um".
Volume de jogos elevado: "O ter tempo para treinar é determinante e o facto de estarmos constantemente a jogar e a viajar e com a principal preocupação de recuperação física e mental é um desgaste enorme. E numa fase final que há o sentimento de concentração e de pressão maior em que a margem de erro é cada vez menor. Faz parte e temos que tentar perceber qual a melhor maneira de evoluir e fazer cada vez melhor".
Solução para lugar de Rafa: "Essa é a questão que ainda não resolvi. Que tipo de jogador vamos colocar na ausência de Rafa. Vamos responder amanhã. Mas em função disso, e das equipas comandadas pelo Petit, que são equipas muito aguerridas, a não dar tempo e espaço para construir como gostamos... mas não vou abrir muito o jogo. Quando olhar para o jogo vai perceber o tipo de dinâmicas que vamos querer".
Jogadores em risco ficar de fora se virem amarelo: "Não pode haver a gestão nesse sentido. O que acharmos que é melhor para o 11 irá estar lá dentro. Apesar de estarem nessa margem de poderem ver cartão amarelo e não jogarem no próximo jogo. Quando não está um aparece outro e dá o contributo da mesma maneira".