Bruno de Carvalho voltou a atirar-se à Mesa da Assembleia Geral demissionária em conferência de imprensa e reitera que "não foi o Conselho Diretivo que se demitiu".
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Sobre as rescisões: "Quando nos sentámos com o Conselho Fiscal e Disciplinar [CFD] e a Mesa da Assembleia Geral [MAG], foi-nos proposto 60 dias em funções e depois eleições. Isto a 24 de maio. Na minha terra, com 60 dias dá 24 de julho, que até era uma data engraçada, o dia de anos do meu pai e do [Jorge] Jesus. O período da possibilidade de apresentação das rescisões é até 14 de junho. Metam na cabeça que esta questão estava sempre em cima da mesa. O prazo que deram era 24 de julho. As rescisões podem acontecer até 14 de junho".
Assembleia Geral e demissões: "Mas está toda a gente maluca? Fomos um órgão eleito e somos nós que estamos contra a democracia? A mesa decidiu demitir e o CFD decidiu demitir-se. E nós não estamos a cumprir a democracia? Estamos a cumprir o nosso mandato. Onde é que diz no estatutos que somos obrigados a demitir-nos? Não fomos nós que os corremos, eles é que se demitiram. Isto está a subverter-se tudo. Como é que se pode falar de democracia onde temos um sportinguista [Manuel Moura dos Santos] a pedir ao governo para tirar a utilidade pública do clube? Ontem sentam-se as pessoas numa mesa e nem falam aos sportinguistas da exigência legal de fazer a AG de aprovação do orçamento. A mira é a AG de destituição. Quem se demitiu foram eles, nós tivemos que tomar atos de gestão a partir daí. Se eles acham, e não é com cartas labregas a ofender as pessoas que se vai a lugar algum. Se as pessoas acham que a comissão transitória da mesa é algo ilegal, vão para os tribunais. Mas não vão utilizar o logótipo do Sporting em pseudoconvocatórias. Isso é que é democracia? A justiça que decida. É para isso que é um estado democrático e de direito. Já disse isto várias vezes: isto devia ser uma comissão isenta, que devia criar pontes, como diz o ex-presidente da Mesa. A intenção deles era vir colaborar com o Sporting naquilo que são os superiores interesses. Querem uma AG destitutiva? Entreguem as assinaturas e os preceitos legais. Se tiverem os preceitos todos, nós fazemos a AG de destituição. Estamos a tirar a voz a quem? Somos os únicos em funções e legitimados. Por 87 por cento nas eleições e por 90 por cento na AG mais concorrida de sempre. Nós não mandámos ninguém embora. Depois tivemos que tomar atos de gestão. A partir desse momento cabe-lhes a justiça e deixar o Sporting em paz. Está marcada uma AG pelo Sporting para dia 17. Um dos pontos vai ser ouvir os sportinguistas. E depois uma AG eleitoral para o dia 21 de julho. Para quem se foi embora. Neste momento apenas há comissões transitórias. Não percebo este alarido todo. O que é que isto está contra a democracia? Onde é que está escrito que temos de nos demitir? Isto são chavões, não estamos a tirar a voz aos associados. A antiga Mesa tinha pedido uma AG que não vai haver. Não são a Mesa da AG do Sporting".