Em 12 de maio, a Assembleia Geral da Sporting SAD autorizou a administração da sociedade a efetuar novas emissões obrigacionistas até ao final do ano, até um máximo de 60 milhões de euros, a realizar mediante ofertas públicas de subscrição de obrigações ordinárias, com uma maturidade não superior a quatro anos e com o valor nominal unitário de cinco euros.
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pediu esclarecimentos à SAD do Sporting sobre a emissão obrigacionista de 15 milhões de euros prevista para este mês de junho.
"A emissão do empréstimo obrigacionista encontra-se sujeita a autorização prévia da CMVM que implica também a aprovação de um prospeto. O emitente já entregou uma proposta de prospeto na CMVM. Entretanto foram pedidos esclarecimentos adicionais sobre o mesmo à SAD do Sporting", disse à Lusa fonte oficial da CMVM.
Em 12 de maio, a Assembleia Geral da Sporting SAD autorizou a administração da sociedade a efetuar novas emissões obrigacionistas até ao final do ano, até um máximo de 60 milhões de euros, a realizar mediante ofertas públicas de subscrição de obrigações ordinárias, com uma maturidade não superior a quatro anos e com o valor nominal unitário de cinco euros.
"É normal que o processo conducente à aprovação de um prospeto conheça várias interações entre a CMVM e os emitentes, no caso em apreço convém ter em conta que têm ocorrido quase diariamente desenvolvimentos informativos em torno da sociedade emitente", acrescentou a fonte da CMVM.
Na sexta-feira, o Conselho Diretivo do Sporting reiterou a continuidade do processo da emissão do empréstimo obrigacionista na SAD e da contratualização da reestruturação financeira.
A crise no Sporting iniciou-se em 15 de maio, quando cerca de 40 pessoas encapuzadas invadiram a Academia do Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns futebolistas e elementos da equipa técnica, com a GNR a deter 23 dos atacantes, que ficaram em prisão preventiva.
Na sequência destes incidentes, os futebolistas Rui Patrício e Daniel Podence apresentaram a rescisão por justa causa, enquanto o treinador Jorge Jesus rescindiu por mútuo acordo para assinar pelos árabes do Al-Hilal.
No âmbito de uma investigação do Ministério Público sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados em jogos de andebol e futebol, tendo como objetivo o favorecimento do Sporting, foram constituídos sete arguidos, incluindo o team manager do clube, André Geraldes.
Na sequência destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), agendada para 23 de junho, tendo ainda sido criada uma comissão de fiscalização para o CFD.
O CD do Sporting decidiu substituir a MAG e respetivo presidente através da criação de uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios e convocar uma Assembleia Geral Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.