Presidente do Sporting defende que se o caso com a Doyen tivesse sido tratado "num tribunal normal", os leões tinham vencido a disputa.
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Bruno de Carvalho voltou a falar do processo Sporting-Doyen. Esta quinta-feira, em intervenção no congresso "The Future of Football", o presidente leonino afirmou que se o caso tivesse sido tratado "num tribunal normal", o Sporting "tinha ganho a brincar".
"Vamos imaginar um processo, como Sporting-Doyen. Porquê ter de ir para um tribunal do desporto? Isto tratava-se num tribunal normal, é um problema comercial entre um clube e uma empresa. Num tribunal normal o Sporting tinha ganho a brincar, e, infelizmente perdeu, mesmo com o apoio da UEFA e da FIFA. Num sistema em que acham que somos impunes, porque tirando o caso da Juventus e o do presidente do Bayern, a verdade é que só quando deixam de ser presidentes é que os presidentes vão parar à prisão. E ainda somos multados por algo que somos impedidos de fazer, porque se vive das multas que são patrocínios dos clubes, que pagam à polícia, multas e etc. Somos patrocinadores forçados. Temos de pensar em que futebol queremos", apelou Bruno de Carvalho, falando em "hipocrisia":
"Houve uma altura em que Lisboa tinha bairros de lata e, à frente, construíam prédios de luxo. É a hipocrisia que se quer, os presidentes a fingirem que são amigos com os prédios, mas com os bairros de lata atrás. Eu tenho orgulho do trabalho que temos feito com as claques. Temos sido parabenizados. Não estou muito confiante enquanto houver este mundo de hipocrisia, mas orgulhoso do que temos feito no Sporting", assinalou o dirigente máximo verde e branco.