Lamine saiu do banco para bisar e dar a vitória ao Beira-Mar frente ao Lusitano de Vildemoinhos e ainda ambiciona com a Liga 3.
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Kuaité Lamine, 24 anos, reforçou o Beira-Mar em fevereiro, vindo do Esperança de Lagos. Ao quarto jogo com a camisola aurinegra, estreou-se a marcar, vindo do banco, e quebrou a série de cinco rondas sem vencer da equipa na Série D, mantendo-a viva na luta pela permanência e, quiçá, pela Liga 3.
Como se sente ao servir um clube histórico?
-Orgulhoso. Representar este clube é uma alegria. Gosto de estar numa equipa assim e sentir pressão. Não conhecia nada do clube, cheguei há pouco tempo, mas logo me apercebi da grandeza que tem.
Foi fundamental na vitória do Beira-Mar. O que pensou ao entrar?
-Venho para ajudar e fazer o meu trabalho, a partir do banco ou logo de início. Quero que a equipa alcance o objetivo desta época. Fiquei contente por marcar, mas fico ainda mais por ver a equipa voltar a sorrir. Era muito importante vencer.
O objetivo é permanecer no CdP ou tentar subir à Liga 3?
-O objetivo é a Liga 3! A distância permite-nos continuar a acreditar e nada é impossível. Somos uma grande equipa, temos muita qualidade e jogamos um bom futebol. Encaixar aqui não foi um problema para mim.
Quando festeja os golos, tapa os ouvidos. É por receber muitas críticas dos adeptos ou de outras pessoas?
-É uma manifestação de calma e demonstro que não ligo às críticas que são feitas, normais quando se trata de um clube em que há muita pressão dos adeptos. Quando meto um objetivo na cabeça, não ligo ao que se diz e apenas dou uma resposta dentro de campo. Para se chegar mais longe, não se pode dar ouvidos a quem está de fora do clube.
"Tenho uma margem de progressão grande e quero chegar o mais longe possível no futebol português, ou seja, à Liga NOS. Esse é o meu sonho"
Ainda é jovem e tem pela frente muitos anos a jogar. O que ambiciona para a carreira?
-Tenho uma margem de progressão grande e quero chegar o mais longe possível no futebol português, ou seja, à Liga NOS. Esse é o meu sonho e foi por isso que vim para o país. Acredito que vou lá chegar porque trabalho bastante, até fora dos treinos. Além disso, qualquer jogador gostaria de representar o seu país, no meu caso a Guiné-Bissau.
Como se caracteriza enquanto avançado?
-Sou um avançado bastante trabalhador e corro da esquerda à direita. Sou, como se diz cá, um matador, com muito mobilidade, rapidez na busca pela profundidade e considero-me bom em lances de bolas paradas pelo meu jogo de cabeça. Inspiro-me no Samuel Eto"o [ex-avançado].
Como foi a sua adaptação ao próprio país e ao futebol português?
-Vim para Portugal, um país que aprendi a gostar, para prestar provas em bons clubes, não vale a pena dizer quais, mas como não falava a língua portuguesa foi difícil conseguir um lugar. Graças aos meus colegas de equipa, que conheci nos últimos anos, aprendi a falar, a entender os outros e isso deu-me possibilidade de conseguir singrar por cá.