Braz Frade sobre as eleições do Benfica: "Oposição perdeu 10 mil votantes num ano"

Apoiante de Rui Costa, então como mentor do movimento Benfica Bem Maior, João Braz Frade olha para os resultados da eleição de anteontem como uma vitória do Benfica pela "votação esmagadora, a maior de sempre na história do clube", espera que haja união a partir de agora e vê ainda a derrota de uma determinada fação da oposição, que perdeu o alvo Luís Filipe Vieira e o sentido para novas reclamações.

Sobretudo, segundo refere a O JOGO, uma oposição que se apresentou sem cara.

"A oposição nas eleições anteriores, corporizada por Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva, ficou reduzida a 5 mil votos, dos cerca de 15 mil que tinham tido [em 2020]. Perderam 10 mil votantes num ano. Dá ideia que o voto de então em Noronha Lopes foi sobretudo anti-Vieira. E como repeti várias vezes, Rui Costa não é Luís Filipe Vieira", analisa o antigo vice-presidente das águias sobre uma "oposição que encolheu", também por força da ação desenvolvida por Rui Costa.

"O segundo aspeto que posso sublinhar, apesar das observações descontextualizadas de que fui alvo da parte do senhor Benitez, é que apreciei a forma digna como Francisco Benitez aceitou os resultados e a declaração de que o vieirismo acabou. O grupo mais estruturado que fazia oposição era o Servir o Benfica, mas a outra oposição das redes sociais, de uma forma geral mais agressiva mas menos construtiva, perde argumentos à medida que Rui Costa vai democratizando o clube", acrescenta.

"Sofreu a maior derrota é quem se arrogou da superioridade moral e reclama estar sempre do lado certo da história", sustenta o antigo dirigente das águias para quem não é ainda tema falar das decisões em torno da SAD, esperando ver a nova Direção avançar para "a revisão dos estatutos e a auditoria, forense e não forense, às contas para que seja feito um balanço inicial para quem entra".