Declarações de Borja Sainz em entrevista à revista Dragões
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O futebol sempre esteve presente na sua vida. Nascido numa família de futebolistas, começou a jogar logo aos quatro anos. Como foi esse primeiro contacto com esta sua paixão?
Sempre gostei de jogar e o meu pai era futebolista, como disseste, então o futebol é algo que tenho dentro de mim. Assim que nasci, colocaram-me uma bola ao lado da cama. Sou muito feliz por poder praticar esta modalidade que tanto me entusiasma e apaixona. Quando era pequeno, andava sempre de um lado para o outro atrás da bola. A minha mãe diz que eu arranjava sempre problemas no parque, porque tirava a bola a toda a gente, não deixava ninguém jogar, mas parece que tudo compensou,
O seu pai [ Iñaki Sainz] o seu tio [Carlos Garcia| destacaram-se enquanto jogadores em Espanha. Gostava de ter nascido dez anos antes e ter acompanhado um pouco desse percurso?
Sim. Digo sempre ao neu pai que o futebol antigamente era diferente e que gostava de ter podido jogar contra ele. Venho de uma família que gosta de futebol, mas os meus pais nunca me pressionaram para que eu fosse um futebolista. Foi algo qué partiu de mim, mas eles sempre apoiaram e agradeço, porque, no final, é mérito deles também. Para chegar onde estou, tivemos que trabalhar muito.
Deu os primeiros toques num clube local, mas rapidamente chamou a atenção do Athletic de Bilbau. Conte-nos um pouco sobre esse crescimento futebolístico.
No final do meu segundo ano, o Athletic Bilbau quis contar comigo. Era perto de casa e estive lá durante cinco ou seis anos. Agradeço-lhes bastante, porque aprendi muito e, sobretudo, fiz muitas amizades.
As amizades são uma parte muito importante no futebol?
Acho que sim. Os amigos que fiz no futebol são como irmãos para mim, por isso, considero essas amizades extremamente importantes. É verdade que aprendes muito em campo, mas o que mais fica guardado na memória são as amizades.
Mostrar talento desde novo levou-o a jogar nos escalões acima do seu. Adaptou-se rápido?
Sim. Desde os meus quatro anos que jogava contra pessoas mais velhas, com rapazes que tinham mais dois ou três anos do que eu. Ao longo de toda a minha formação, sempre joguei contra atletas mais velhos.
Era mais difícil jogar na rua ou no relvado?
Na rua é sempre mais divertido, porque estás com os teus amigos e não há regras, mas no relvado também nos divertíamos muito,
A qualidade que mostrou na formação valeu-lhe a chamada à seleção espanhola de sub-19. Como viveu esse momento?
As pessoas ajudaram-me muito, tínhamos um grupo excecional e é sempre um orgulho vestir a camisola da seleção do meu país. Fui com muito entusiasmo e muita vontade de dar o máximo e acabou por ser um momento especial, porque estava entre os melhores jogadores de Espanha, craques que agora são os melhores o mundo nas suas posições como o Alex Baena e o Pedri. Foi um orgulho.
Saiu de casa ainda jovem para ir viver para a residência do Alavés e mais tarde afastou-se ainda mais da família ao mudar-se para Saragoça. Isso preparou-o para as etapas na Turquia, em Inglaterra e agora em Portugal?
Agradeço muito aos responsáveis do Alavés, porque aprendi muito, conheci muita gente e fiz grandes amigos. Fez-me crescer bastante. Em Saragoça, acho que cresci muito futebolisticamente, foi aí que dei um grande salto na carreira.