Com o jogador a apontar para a saída e o mercado aberto, Lage levou-o a exame e o jovem passou com distinção. Na lista de clubes de Espanha, Alemanha e Países Baixos, o camisola 21 sente-se mais valorizado e vai prosseguir a carreira de águia ao peito. Só uma oferta louca pode colocar este cenário em risco.
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A janela do mercado de transferências está aberta até final do mês, mas está já encerrada para Schjelderup, segundo O JOGO apurou. O jogador até tinha em vista a saída do Benfica, por empréstimo ou até em definitivo, havia alguma abertura dos encarnados para negociar, mas os últimos acontecimentos - sobretudo a nota alta que o jogador averbou no exame a que foi sujeito desde o arranque do ano - trancaram a porta a sete chaves para o jovem norueguês.
Vários clubes estavam já a posicionar-se no sentido de atacar a contratação do jogador de 20 anos, numa lista que incluía interessados de campeonatos como Alemanha, Espanha e Países Baixos, e o extremo também tinha os seus representantes em campo a tentar encontrar solução para a falta de minutos que levaram o camisola 21 a equacionar todos os cenários como forma de dar outro rumo à carreira.
A sobrecarga de jogos, a quebra de forma de Akturkoglu e a necessidade de perceber que resposta daria quando fosse chamado com consistência levaram Bruno Lage a dar luz verde a Schjelderup nesta fase da época, depois de lhe ter dado alguns minutos em outubro. Lançou-o aos 67’ na derrota com o Braga, na Luz, e deu-lhe a titularidade em novo embate com os bracarenses, que rendeu a passagem à final da Taça da Liga às águias. O dianteiro foi novamente lançado no onze na final da prova, com o Sporting, e marcou, repetindo a dose agora com o Farense, nos oitavos de final da Taça de Portugal, com um tento que empurrou o Benfica para a reviravolta no marcador.
“O que sei é que o Andreas começou a jogar connosco, apesar de estar no Benfica há algum tempo. Sinto que o lançámos no momento certo. Tenho dois jogadores com golo para a mesma posição. Fazem um treinador feliz”, justificou Bruno Lage momentos depois de terminado o jogo em Faro, revelando mesmo que o norueguês o conquistou “desde o primeiro dia”. Na prática, Schjelderup tinha feito 17 minutos com Roger Schmidt (mais três minutos com o alemão nas duas épocas anteriores) e soma já 311 sob o comando do técnico português.
Com o rendimento exibido, dois golos a condimentarem os dois últimos jogos - o extremo já tinha também marcado ao Rio Ave -, movimentações e atitude competitiva elogiada já por várias vezes nos últimos dias por Bruno Lage, Schjelderup passa a ser um nome fora do mercado. Nesta fase, e sendo um cenário muito pouco provável, só uma proposta com muitos dígitos poderá fazer vacilar os encarnados na decisão tomada sobre o jogador que custou nove milhões de euros, mas num negócio que, segundo foi declarado pelas águias, ascendia a um investimento de 14 M€.