Rodrigo Mora e Iván Jaime têm sido utilizados na posição 10 e com desempenhos positivos. Dupla de médios desafiada a puxar pela criatividade, técnica e visão de jogo. Nico também passou por lá em Viena e até marcou, mas deverá fixar-se ao lado de Alan Varela. E ainda falta regressar Pepê...
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Com o mercado de transferências parado e os internacionais ainda de férias, é difícil fazer um rascunho muito próximo do que será o FC Porto em 2024/25, mas há algumas ilações que se começam a tirar. Entre os jogos à porta fechada e os dois abertos ao público, Vítor Bruno começa a assentar o 4x2x3x1 e a figura de número 10, do criativo nas costas do ponta-de-lança, tem tido dois elementos em destaque: Rodrigo Mora e Iván Jaime. Com a confiança do treinador e liberdade para criar, tanto um como outro têm tido desempenhos positivos, visíveis não só mas também através de golos e assistências. No jogo mais associativo que a equipa começa a tentar engrenar, sem perder verticalidade, Jaime e Mora oferecem velocidade, progressão com bola e visão de jogo, pegando nos comandos mais atrás se for necessário, ou pensando mais rápido no último terço.
Por motivos (muito) diferentes, tanto Mora como Jaime querem lançar todas as cartas para cima da mesa. O primeiro porque, aos 17 anos, está em plena afirmação enquanto profissional e dá agora os primeiros passos no plantel principal, numa das maiores esperanças da ourivesaria do Olival. Por outro lado, Iván Jaime tem uma espécie de segunda vida no Dragão, depois de ter começado a época passada de forma até algo prometedora, mas terminando-a afastado do plantel, como Toni e André Franco. E se era utilizado quase sempre a partir do corredor esquerdo, desta vez recebe liberdade em terrenos mais interiores e com a possibilidade de encarar o jogo de frente. Inevitavelmente, o compromisso defensivo é inegociável, mas ambos têm dado resposta positiva também a esse nível.