Declarações de Cristiano Bacci, treinador do Boavista, antes da estreia na I Liga, frente ao Casa Pia (sábado, 18h00, no Estádio Municipal de Rio Maior)
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Casa Pia e a preparação do Boavista: "O Casa Pia manteve, no ano passado, muitos jogadores, então tem uma base. Sobre nós, claro, o tempo não foi muito, mas a equipa trabalhou bem e forte. Os jogadores com quem eu trabalhei, trabalharam forte, preparando o nosso jogo da maneira certa. Chegamos aqui, como é público, com problemas, sobre os jogadores, sobre as inscrições, mas o jogo foi preparado da maneira mais objetiva possível."
O plantel é o melhor para cumprir os objetivos da equipa? "O próximo jogo é o mais importante, é o mais perto. Por isso, posso dizer só até agora como é que chegamos aqui. Sobre a pergunta, se o plantel é o melhor neste momento, o plantel é o melhor neste momento, porque não posso pensar em ter jogadores que não tenho. Por isso, o plantel é o melhor para defrontar o Casa Pia."
Impedimentos: "Continuo a pensar de maneira positiva como é normal e como foi público, porque o presidente Fary falou sobre a situação, sobre os nossos impedimentos. Eu tenho toda a certeza que o presidente e o clube vão tentar resolver esta situação. Por isso, não tenho nada a pensar a não ser no jogo de amanhã. Outras coisas não tenho e não quero pensar, quero pensar no meu trabalho. O trabalho dos treinadores em geral passa muito pelos jogadores, é normal. Os jogadores são os mais importantes, não é o treinador, em qualquer lado do mundo. Mas estou satisfeito com os jogadores que tenho e pela forma como eles prepararam o jogo."
Estado de espírito de jogadores como Bozenik, pretendidos no mercado: "Falando dos pormenores, dos jogadores, há jogadores que, como é normal, são alvos do mercado de transferências. Não é só o Bozenik, são também outros. Há também situações onde os jogadores aqui estão a treinar sem serem inscritos, que se calhar ainda é pior. Por isso, o profissionalismo dos jogadores em geral no meu plantel é impecável. É uma coisa que eu acreditava, mas não é assim. O Bozenik, falamos do Bozenik, que é o primeiro que treina, o primeiro que chega ao treino e o último que vai embora. Mas, como eu disse, todos os jogadores são desta forma. Queria agradecer nessa situação aos jogadores que estão aqui a treinar desde o início, que são o Bruninho e o Alassane, que estão a mostrar um profissionalismo muito alto, apesar da situação muito difícil para eles. Nunca baixam a cabeça. Estão aqui a empurrar a equipa e a treinar a 100 por cento."
Com limitações perto da estreia: "Em geral, na minha vida, nunca me queixo. Tenho consciência das dificuldades. Por isso, não tenho medo de ir à luta amanhã. Depois de amanhã, ninguém sabe como é. É o nosso trabalho. Quem é treinador, quem é jogador, tem que trabalhar no sentido do que está mais próximo. Amanhã temos um jogo importante, a estreia da Liga, mas o meu pensamento positivo nunca mudou desde o início, desde quando falei a primeira vez."
Convocatória: "Temos lesionados, que não podem ir a jogo. Os outros estão todos disponíveis. Em breve vai sair a convocatória, então pode aproveitar para ler quem não está na convocatória ou não."
Equipa apta para competir na I Liga? "O nosso trajeto, o nosso trabalho, a nossa viagem desde o primeiro dia até agora foi no sentido de preparar da melhor forma o primeiro jogo, que é o de amanhã. Às vezes temos de gerir situações de limitações sobre o número, não é a qualidade dos jogadores. Posso falar do último jogo-treino que fizemos, com o Penafiel, onde jogaram jogadores que até agora jogaram pouco e, na minha opinião, o resultado final era aquilo que contava menos. Por isso, é normal que os adeptos estejam com dúvidas, mas, às vezes, e não é só aqui no Boavista, em geral, o pré-campeonato, a pré-época, vale aquilo que vale. Amanhã é que conta três pontos. Com isto, vou adicionar outra vez que nós todos, Boavista, treinadores, presidente, todos aqui, estamos conscientes da situação, mas não tem de ser uma limitação no nosso pensamento positivo agora, amanhã, no próximo jogo."
Objetivo é que a equipa jogue em nível alto até ao fim do jogo: "Aquilo é o meu alvo. É lá chegar. Conseguir levar todos os jogadores para estarem no último terço de jogo ao máximo nível. Agora, é difícil, mas não é só para nós, é para todas as equipas. O primeiro jogo é muito difícil nesse sentido, mas a ideia é aquela. Não é só o trabalho físico, não é só o nível físico, é também o trabalho mental. Chegar à frente com cansaço, reagir às dificuldades, são tudo peças que vamos tentando juntar. Estou confiante que naquele sentido nós vamos melhorar com o tempo, como é normal, como todas as outras equipas. Depois, com o Tondela é normal, a segunda parte foi melhor, porque a primeira foi muito fraca. Então não era difícil ser melhor do que na primeira. Eu nunca choro. Não posso estar aqui a dizer que faltava isto e aquilo, mas se calhar não é assim. Na vida eu sou assim, não é só como treinador. Ninguém me deu nada, tudo o que atingi foi com trabalho, com suor, com reação sempre positiva."